Bom dia!
Um destes dias ao conversar com um colega meu sobre a Greve Geral, qual seria a posição do meu Sindicato, ao exprimir o meu desejo de fazer greve fiquei perplexa com a opinião dele: “Tu não tens razão nenhuma para fazeres greve, ganhas muito bem, acima da média”. Claro que argumentei. Não poderia deixar de o fazer. Tenho três filhos que mais cedo ou mais tarde, espero que o mais cedo possível, vão entrar no mundo do desemprego, do trabalho precário e para além deles há todos os outros com quem me solidarizo. Claro que a posição do meu Sindicato fica à margem da greve.
Passo a transcrever um texto retirado do Site da Intersindical Nacional que é intitulado de
Sete razões para a Greve Geral
1- Lei da selva
O Patronato quer impor a lei da selva nas empresas
Para isso, boicota acordos na contratação colectiva e faz chantagem com a caducidade para tentar substituir os contratos em vigor por outros que lhe permitissem designadamente:
- Aumentar os horários de trabalhos;
- Pagar menos pelo trabalho nocturno;
- Desqualificar as profissões;
- Acabar com pagamento do trabalho extraordinário;
- Acabar com as promoções automáticas;
- Aumentar o poder repressivo;
- Aumentar as desigualdades.
Há que mostrar ao Patronato que os direitos não estão à venda e a dignidade dos trabalhadores não tem preço.
2- Lucros escandalosos
Os lucros do sector financeiro e das grandes empresas aumentam escandalosamente. Apenas 5 Bancos e 4 empresas (PT, Sonae, GALP e EDP), acumularam em 2006, 5,3 milhões de Euros. Isto significa lucros à razão de 2.000 contos por minuto.
Os mesmos bancos já anunciaram que no 1º trimestre de 2007 os resultados continuam a subir.
Quem produz a riqueza de que eles se apropriam são os trabalhadores. Há que lutar por justiça na sua repartição.
3- Custo de vida insuportável
- O Aumento do custo de vida está a desesperar as famílias dos trabalhadores;
- Os produtos e bens essenciais aumentam muito mais do que a inflação anunciada;
- Com os mesmos salários cada vez se compram menos produtos nos supermercados:
- Mas o Governo e o patronato acham que os trabalhadores ganham muito e querem reduzir ainda mais os salários;
Mesmo nas empresas onde já houve aumentos estes ainda são insuficientes.
Há que lutar por salários justos.
4- Roubo dos direitos
O Código do Trabalho foi aprovado há apenas 4 anos. Mas o patronato quer mais e o Governo já anunciou a intenção de o alterar para o adaptar à vontade dos patrões.
O que eles pretendem já o escreveram no chamado livro verde: eliminar o que são as defesas dos trabalhadores para facilitar ao patronato o roubo dos direitos da contratação colectiva.
Há que lutar para impedir que eles venham a conseguir este roubo
5- Vigarice na Flexigurança
Sempre que querem atacar os direitos dos trabalhadores lançam cá para fora palavras que ninguém conhece.
Desta vieram com Flexigurança:
Ora, Flexigurança quer dizer nem mais nem menos que:
- Liberalização dos despedimentos sem justa causa e sem custos para as empresas;
- Flexibilidade nos horários à medida dos patrões;
- Polivalência de funções, ou seja, obrigatoriedade de fazer “tudo”.
A segurança seria remetida para o Subsídio de desemprego que o Governo tem vindo a reduzir dificultando a vida aos desempregados.
Se isto não é vigarice, então o que é?
Lutando agora, podemos impedir que isto se venha a concretizar.
6- Precariedade
Um destes dias ao conversar com um colega meu sobre a Greve Geral, qual seria a posição do meu Sindicato, ao exprimir o meu desejo de fazer greve fiquei perplexa com a opinião dele: “Tu não tens razão nenhuma para fazeres greve, ganhas muito bem, acima da média”. Claro que argumentei. Não poderia deixar de o fazer. Tenho três filhos que mais cedo ou mais tarde, espero que o mais cedo possível, vão entrar no mundo do desemprego, do trabalho precário e para além deles há todos os outros com quem me solidarizo. Claro que a posição do meu Sindicato fica à margem da greve.
Passo a transcrever um texto retirado do Site da Intersindical Nacional que é intitulado de
Sete razões para a Greve Geral
1- Lei da selva
O Patronato quer impor a lei da selva nas empresas
Para isso, boicota acordos na contratação colectiva e faz chantagem com a caducidade para tentar substituir os contratos em vigor por outros que lhe permitissem designadamente:
- Aumentar os horários de trabalhos;
- Pagar menos pelo trabalho nocturno;
- Desqualificar as profissões;
- Acabar com pagamento do trabalho extraordinário;
- Acabar com as promoções automáticas;
- Aumentar o poder repressivo;
- Aumentar as desigualdades.
Há que mostrar ao Patronato que os direitos não estão à venda e a dignidade dos trabalhadores não tem preço.
2- Lucros escandalosos
Os lucros do sector financeiro e das grandes empresas aumentam escandalosamente. Apenas 5 Bancos e 4 empresas (PT, Sonae, GALP e EDP), acumularam em 2006, 5,3 milhões de Euros. Isto significa lucros à razão de 2.000 contos por minuto.
Os mesmos bancos já anunciaram que no 1º trimestre de 2007 os resultados continuam a subir.
Quem produz a riqueza de que eles se apropriam são os trabalhadores. Há que lutar por justiça na sua repartição.
3- Custo de vida insuportável
- O Aumento do custo de vida está a desesperar as famílias dos trabalhadores;
- Os produtos e bens essenciais aumentam muito mais do que a inflação anunciada;
- Com os mesmos salários cada vez se compram menos produtos nos supermercados:
- Mas o Governo e o patronato acham que os trabalhadores ganham muito e querem reduzir ainda mais os salários;
Mesmo nas empresas onde já houve aumentos estes ainda são insuficientes.
Há que lutar por salários justos.
4- Roubo dos direitos
O Código do Trabalho foi aprovado há apenas 4 anos. Mas o patronato quer mais e o Governo já anunciou a intenção de o alterar para o adaptar à vontade dos patrões.
O que eles pretendem já o escreveram no chamado livro verde: eliminar o que são as defesas dos trabalhadores para facilitar ao patronato o roubo dos direitos da contratação colectiva.
Há que lutar para impedir que eles venham a conseguir este roubo
5- Vigarice na Flexigurança
Sempre que querem atacar os direitos dos trabalhadores lançam cá para fora palavras que ninguém conhece.
Desta vieram com Flexigurança:
Ora, Flexigurança quer dizer nem mais nem menos que:
- Liberalização dos despedimentos sem justa causa e sem custos para as empresas;
- Flexibilidade nos horários à medida dos patrões;
- Polivalência de funções, ou seja, obrigatoriedade de fazer “tudo”.
A segurança seria remetida para o Subsídio de desemprego que o Governo tem vindo a reduzir dificultando a vida aos desempregados.
Se isto não é vigarice, então o que é?
Lutando agora, podemos impedir que isto se venha a concretizar.
6- Precariedade
O emprego precário está a matar o futuro dos trabalhadores, em particular dos jovens.
O emprego precário é contrário à aprendizagem e à qualificação profissional, gera insegurança no futuro, fragiliza os direitos, propicia a prática de más condições de trabalho e reduz os salários dos trabalhadores.
Os salários dos trabalhadores com contratos precários (Ia prazo) são 26% mais baixos do que dos restantes trabalhadores;
Além disso a esmagadora maioria dos contratos precários é ilegal.
Há que lutar com coragem para acabar com esta chaga social e exigir emprego fixo.
7- Retrocesso social
O Governo anda empenhado em promover o retrocesso social, causando graves prejuízos para os trabalhadores e populações:
Encerramento de escolas, privatizações de serviços públicos, ataque à segurança social, fecho de maternidades, centros de saúde e urgências hospitalares, aumentos dos medicamentos e taxas moderadoras, criação de novas taxas hospitalares, …e tantas outras malfeitorias.
Em contrapartida, surgem os negócios privados, como na saúde onde os Melos trocam a indústria naval pelas clínicas e hospitais- quem quer saúde paga-a!
É urgente fazer parar esta destruição dos direitos sociais
Toda esta ofensiva está a atingir as conquistas de gerações e gerações de trabalhadores. Não podemos permitir que o tempo volte p’ra trás.
Pois são, também, estas as sete razões que me levam a desejar que a Greve Geral de amanhã seja um êxito retumbante que faça o Governo e os patrões pensarem duas vezes antes de tentarem implementar medidas que prejudiquem, ainda mais, quem trabalha e cada vez mais vê os sacos das compras virem mais vazios do supermercado pelo mesmo dinheiro. Para que os nossos filhos tenham empregos estáveis e possam ter esperança no futuro.
Abraços marienses
Árvore, 29 de Maio de 2007
Ana Loura
Camarada,
ResponderEliminartenho que comecar assim :)
Não consigo evitar uma achega a estas linhas.
Na minha modesta opinião de observador distante (independentemente de tudo o resto), a única razão para o teu sindicato participar nesta greve geral seria mesmo a solidariedade.
Não há mais nada que possa ser exigido em termos sociais para a vossa classe e fazer um protesto por qualquer outra razão que não a solidariedade seria uma piada de mau gosto no actual panorama da classe trabalhadora em Portugal.
Partindo do principio da solidariedade chegamos ao problema seguinte. O facto do teu sindicato não ser alinhado com a CGTP e de tal posicão estar impedida por ordem estatutária.
Se assim não fosse, eu seria o primeiro a concordar contigo, mas neste caso sobra a posicão de solidariedade individual.
Querido Tiago, nas minhas palavras não há qualquer nota de crítica ao SITECSA. Sei que o meu Sindicato não pode aderir a qualquer das duas Centrais Sindicais. Penso, até que dá para inferir que sim senhor sou uma priveligiada, ganho muito acima da média e afirmo que as razões que me levarão/iam a fazer grave são por concordar com as sete razões, pelo futuro dos meus filhos e por solidariedade. 25 de Abril SEMPRE!
ResponderEliminarBeijinho