29 de dezembro de 2007

Fim de ano...

Bom dia!


“O meu Menino mija”. Esta frase é mágica. Dita e ouvida apenas nesta época do ano, corresponde, em termos de tradição, ao “belamente” quaresmal, aos dias das amigas, amigos, comadres e compadres que antecedem o carnaval e diz-nos, no nosso íntimo, que só podemos estar numa ilha Açoriana, em casa, quando a ouvimos e significa, tão simplesmente, que estamos a convidar alguém para que venha a nossa casa beber um “calzinho” de licor de leite, abafadinho ou licor de tangerina a acompanharem uns biscoitos de orelha, de aguardente ou uma fatia generosa de bolo de Natal. Quando cheguei aos Açores depois de ter ido passar o Natal de 1980 a casa, nessa altura casa queria dizer a casa de meus Pais, fiquei intrigada com a frase que para mim era no mínimo estranha e pensava: “esta gente diz que lá no norte somos uns desbocados e andam para aí a falar em mijas “a torto e a direito”. Mas é estranho, que quererão eles dizer com isto?” Até que colegas da escola me perguntaram se eu não queria ir com eles a casa de um colega a uma mijinha e eu mostrei uma cara de quem não estava a entender nada do que estava a ser dito, de quem acabava de aterrar no meio de um país de língua desconhecida e então fizeram a fineza de me explicar que a malta andava em bando a visitar amigos seus e amigos de amigos seus a beberricar os tais licores em honra do Deus Menino. Desconheço se em mais algum sítio do país há esta tradição, mas pelo que sei ela é comum a algumas ou quase todas as ilhas açorianas.

Tendo vindo passar o Natal a casa, agora esta de cá, para estar em família e recuperar de algum do stress da vida do lado de lá, foram-me dados alguns presentes antecipados, ou se calhar tardios dependendo se pensar neles como presentes de aniversário. Presentes com uma pontinha de veneno, ou, pelo menos de vinagre: a estrada do meio está pior que nunca, a de cima como nunca esteve e nós moradores por estas bandas que como os outros pagamos impostos e temos de dar cabo dos carros ou de gastarmos mais uns litros de gasolina e tempo. Alguém anda a fazer pouco da gente e eu juro que gostaria de ter a certeza de quem é/são o/os artistas com tão pouco sentido de humor que se riem na cara dos tansos que como eu comem e calam esta situação. Somos, de facto, de brandos costumes, falamos pela calada, não protestamos, não cortamos estradas nem acessos nem fazemos buzinões e lá vamos dar a volta ao cavalo pela estrada de baixo e damos mais uns trocos a ganhar às gasolineiras.

Outro dos presentes foi no dia em que cheguei me ter dado uma fome da comida do Central arrematada com um brownie ou uma tarte de maçã e ter batido com o nariz na porta, devia ser proibido ao Sr. Zé ir passar o Natal aos Estados Unidos, havia de haver uma postura Municipal a impedi-lo de sair de cá nas épocas em que a malta vem a casa… Claro que estou a brincar, mas o certo é que senti a falta.






































Mas não pensem que só recebi presentes menos bons ou mesmo maus, claro que recebi alguns presentes quentes de carinho, amizade e alegria natalícia: um presépio lindo na nossa Matriz, os ensaios do nosso grupo Coral, o participar das Missas da festa, nos abraços trocados, nas mijinhas convidadas, no aniversário do meu Compadre Max, no rever do nosso Tobias, no grupo de Santo Espírito que à saída da Missa de ontem nos brindou com canções de Natal bem no reviver das nossas tradições (excepto a presença do Pai Natal que quanto a mim era dispensável).






Uma surpresa fora de todo este contexto mas que me deu um imenso prazer, eu q sou caseira, detesto o fumo que se consome e me consome aquando serões do género, foi a Rockfeast promovida pela Direcção do Clube Asas do Atlântico no seu salão de festas no passado dia 28 e em que foi comemorado a preceito os 20 anos do grupo de Rock Stormwind que marcaram a vida cultural/musical de Santa Maria e brilharam nas Tempestades de Janeiro, festival que deixou marcas na história do que de bom cá se faz. Mais velhinhos, mais carecas, mas ainda em forma e com muito fôlego, brindaram-nos com os seus originais e tiveram uma plateia dos poucos anos de idade até a avós de cabelos brancos a vibrar e a aplaudir entusiasticamente. Seguiram-se os Rockclassicz que interpretaram canções que fizeram as delícias dos quarentões mas que a maioria dos jovens também apreciou e aplaudiu. Parabéns ao Asas pela excelente realização.




























Hoje é véspera de Ano Novo, eu não acredito muito que um ano que quase nasce seja sinal de obrigatória mudança, mas que, pelo menos, nos dê a hipótese de pensarmos que há esperança de que a vida não piore e que possa e vá melhorar. Pelo menos já há data para a inauguração do Polidesportivo. Estou curiosa quanto ao nome que lhe irão dar. Eu, não desmerecendo qualquer dos homens e mulheres que se destacaram no desporto mariense e contribuíram para o seu desenvolvimento, continuo a pensar que o nome do conhecido e prestigiado internacionalmente e tão mariense como muitos que cá não nasceram, a começar por mim, Jorge Vicente seria o nome certo.

Votos de que o novo ano seja para todos nós um ano de progresso, de realizações que desenvolvam Santa Maria e portanto nos dêem qualidade de vida que faça cada vez mais valer a pena viver cá.



Abraços marienses
Santa Maria, 31 de Dezembro de 2007
Ana Loura
















17 de dezembro de 2007

Câmara Municipal- trabalho feito ou nem tanto. Oposição.

Bom dia

Sabemos que seremos chamados a votar, mais uma vez, no próximo ano e que, por isso, em todo o país os nossos Governos (da República e Regionais), as nossas autarquias se afadigam em mostrar obra feita através do tradicional corte de fitas inaugurativo das obras das mais insignificantes às mais vistosas para com isso dizerem ao eleitorado qualquer coisa do tipo: “estão a ver? Somos uns gajos porreiros, trabalhamos que nos fartamos e fizemos construir aquilo que vocês precisavam. E vai o “Zé-povinho” aplaudir encantado aqueles senhores todos bem vestidos e muito bem falantes que se deslocam de lés a lés, em bando em apoio inequívoco ao Primeiro-ministro ou ao autarca que discursará e ao que cortará a fita. Engraçado que nunca ouvi qualquer deles dizer que apenas cumpriu a sua obrigação pois para isso se candidatou, fez campanha eleitoral, foi eleito e que o dinheiro não é seu mas do Povo que paga os impostos.

Por outro lado a oposição faz o seu papel. Começa, nesta altura, a reunir com mais frequência e a publicar quase diariamente comunicados onde emite o seu ponto de vista sobre o trabalho, a maioria das vezes o não trabalho, de quem está no poder e anda nesta altura num lufa-lufa de corta fitas. Isto pelo menos alguma da oposição.

Quem está atento aos noticiários e jornais lá vai vendo a actuação de uns e outros.

Em Santa Maria o PSD anda afadigado e têm vindo a público notícias baseadas nos comunicados difundidos pela Concelhia e pelo Vereador Municipal Sérgio Ferreira. Eu cá de longe vou lendo e quero crer que o que leio seja apenas exagero de oposição, que não seja verdade que não tenhamos qualquer projecto pronto para concorrer ao novo Quadro Comunitário de Apoio ou então que não precisemos de qualquer apoio, sejamos auto-suficientes, que já esteja tudo feito, tenhamos atingido o pleno desenvolvimento; que o é dito no jornal, “as verbas orçamentadas para as três obras com financiamento comunitário "não vão ser executadas", o que implica ter um Plano com execução material "quase nula".” Seja peta de primeiro de Abril antecipada.


Ontem, Domingo, o mesmo jornal volta a trazer a lume declarações do PSD de Santa Maria sobre a gestão camarária de Vila do Porto que apelida de "autêntico desastre” nos últimos dois anos, afirmando que a nossa Câmara realizou menos obra que qualquer junta de freguesia. As acusações proferidas pelo PSD citadas pelo Jornal Diário são graves: desde preguiçosa a sem opinião quando a deve manifestar em reuniões regionais. O retrato traçado quer no comunicado de Sérgio Ferreira como na Conferência de imprensa da Dr. Aida Santos é cinzento, triste. Espero, sinceramente, que este retrato seja exagero de oposição e que quando eu chegar daqui a dias a casa encontre a realidade diferente do retrato, veja obra realizada, assista ao cortar de alguma fita e aplauda ainda que sabendo que qualquer obra realizada seja um direito de todos nós.

Abraços marienses
Árvore, 17 de Dezembro de 2007
Ana Loura

13 de dezembro de 2007

Eu



Foto da autoria do meu pai. A ele e à minha Mãe e meus irmãos um beijo .


Eu, 55 anos:


"Acolher os que chegam como se de Cristo se trate"


Agradeço ao Pai todos aqueles que tem "semeado" no meu caminhos e me têm ajudado a caminhar rumo aos Seus átrios.


Peço-vos, Pai, dai a Paz e abençoai todos os presentes e os físicamente ausentes. Aos que já nos esperam na Vossa glória e fazemos presentes pela Comunhão dos Santos, revelai, Pai o esplendor da Vossa face


Amém

10 de dezembro de 2007

Amor e campos de golfe

Notícia editada pelo Açoriano Oriental. Favor clicar nela para a poder ler (retirada do Blog http://www.compararsantamaria.blogspot.com/ de visita obrigatória)


Bom dia!

Não há medida para o amor! O amor aos filhos, o amor ao amante, o amor à casa, o amor à terra não é passível de ser medido. Ou amamos, ou não amamos, não há meias tintas. Não se ama um bocadinho. Ninguém pode dizer que A ama mais os seus filhos do que B ama os seus. Amar é…amar. E quem ama quer o melhor para aquele ou aquilo que ama. Estas são verdades irrefutáveis pois quem diz amar seja o que for ou seja a quem for só pode querer o melhor para o objecto do seu amor. Se não fizer de tudo para que o amado seja feliz não o ama mas tem por ele outro sentimento qualquer que muitas vezes é apenas egoísmo, satisfação pessoal e por isso é falso quando diz amá-lo, ilude-se e ilude.


Em relação a Santa Maria eu não tenho a pretensão de ser a única a amá-la, a que a minha perspectiva do que é melhor para ela seja A perspectiva, que outros por terem perspectivas diferentes a não amem como eu a amo. Penso que todos os marienses, espero que todos, amam Santa Maria e, por isso, queiram o melhor para ela. Só isso faz sentido. Mas há os outros, os tais que por vontade de serem notados, para atingirem objectivos, que muitas das vezes não são a felicidade, o bem de Santa Maria mas o seu próprio bem, afirmam que sim senhor Santa Maria está primeiro mas procuram para a sua terra caminhos que vemos à partida, que são caminhos que não levam à felicidade de ninguém para além do próprio ou de um grupo muito restrito e próximo dele.

Quando outros projectam para Santa Maria alguma coisa eu tento analisar esse projecto sempre na perspectiva do meu amor à Ilha, tento saber se o que é proposto será, de facto, uma mais valia, se os marienses, na sua maioria, serão beneficiados, se irá valer a pena e, sem manias de oposição, sem trejeitos de não ter sido autora, sem inveja por não ter tido a ideia, se me parece que desse projecto vêm coisas boas eu aplaudo e apoio, coloco-me ao lado do autor. Infelizmente isso tem acontecido poucas vezes porque os projectos que tem colocado como hipótese de desenvolvimento para a ilha não têm resultado e a listagem não é assim tão curta e passo a listar os que me vêm à cabeça assim de repente: Frigoríficos do porto e projectos de exploração associados; Zona Franca um dos maiores logros de todos os tempos; Cais Ferrie mal projectado e subaproveitado, transporte ferrie para o qual ainda não há solução definitiva aplicada, ensaiada; a estação Espacial cujo projecto foi “vendido” como a salvação de Santa Maria e afinal, como se diz vulgarmente a “montanha pariu um rato” (enfezado, diria eu).


Foi assinado há dias o contrato para a elaboração do projecto do campo de golfe no valor de 1,195 milhões de Euros, mais IVA. Este valor é apenas para pagar o projecto. O Senhor Secretário da Economia disse que o valor da construção do campo poderá atingir mais de 12 milhões de Euros. Valor, quanto a mim, avultadíssimo. Eu gostaria que este projecto ao ser concretizado fosse uma das tábuas de salvação, pela ordem dos valores anunciados A tábua de salvação, para a frágil economia de Santa Maria. Já confessei várias vezes que estou céptica. Temos o exemplode um dos dois Campos de Golfe de S. Miguel que a Sociedade Verde Golfe constituída em grande percentagem pelo Governo Regional se viu forçada a vender a exploração a uma sociedade de estrangeiros por ao longo dos anos não ter tido grandes resultados na sua gestão. Neste momento estão os dois na mão do mesmo grupo estrangeiro. Não sei se os gestores do nosso campo, que já se diz irão ficar a trabalhar num escritório em S. Miguel, mas esta notícia só pode ser boca maliciosa pois o objectivo da construção do campo é “criar riqueza, postos de trabalho e, desse modo, ajudar a fixar população” que esperemos seja população mariense, como dizia, não sei como irão eles conseguir atrair jogadores que rentabilizem o avultado investimento. O Golfe é um desporto caro e Santa Maria tem que ter atractivos suficientes para fazer com que os jogadores optem por virem para cá em vez de optarem por destinos já mundialmente conhecidos como bons destinos, ou em vez de optarem por um dos dois campos que há em S. Miguel, ou será que o Governo Regional estará a pensar em subsidiar a vinda de estrangeiros para jogarem Golfe em Santa Maria como o fez no passado ano com os voos da Suécia para os suecos virem conhecer S Miguel à nossa custa e chegarem lá não alimentarem os restaurantes pois alimentavam-se de sandes e bananas compradas nas grandes superfícies comerciais ou de almoços cujo preço já estava incluído nas passagens aéreas subsidiadas pelo Povo Açoriano pela mão do Governo?


Embora com cepticismo eu estou a desejar firmemente que este projecto dê certo, que Santa Maria tenha um futuro melhor, que os nossos filhos tenham hipótese de se fixarem e serem felizes aqui.

Abraços marienses
Árvore, 10 de Dezembro de 2007
Ana Loura



NOTA: Não tenho por hábito alterar as crónicas depois de serem emitidas pelo ASAS, pelo que deixo a possível correcção no que se refere à localização dos escritórios da administração do campo de golfe: parece que nada fará prever, pelo menos de momento, que a sua localização seja em S Miguel.

3 de dezembro de 2007

Advento

"Na Tua Luz, Senhor, é que veremos a Luz"

É a segunda vez que ele me faz a mesma coisa ou parecido, estou farto! Sempre a mesma coisa. Até parece que não tem emenda e ainda por cima com aquela carinha de quem não parte um prato. Se calhar pensa que estou aqui para o aturar, para fazer de conta de que não é nada, de que está tudo bem, de que não me ofendeu. Para mim acabou! Não tomou emenda e eu não lhe dou mais nenhuma oportunidade, tivesse aprendido pois já tem idade para ter criado juízo, Mais uma oportunidade? Eu ser mais tolerante? Estás a brincar…tolerar é para os tolos e ele não é tolo, está, é, a fazer de mim tolo. Aqui não há terceiras oportunidades. Nem aqui nem em parte nenhuma.


Eu? Pedir desculpa? Não faltava mesmo mais nada. Achas que sou tolo? Não me vou rebaixar, dar parte de fraco. Ele acaba por esquecer e com o tempo vai ficar tudo como dantes. Remorsos? Sentimento de culpa? Não, acho que não. Afinal não foi nada de assim tão grave, não morreu ninguém e ele até estava mesmo a pedi-las. Levou pela medida certa. Pode ser que aprenda a não fazer dos outros parvos. Aqui se fazem aqui se pagam e a mim ninguém faz o ninho atrás da orelha que eu não sou de dar água a pintos. O que me fez em concreto? Oh pá, foi aquela história que te contei ontem. Lembras-te? Não foi assim tão grave? Se calhar, mas sabes, estava mal disposto, caiu-me mal e pronto…nem pensei. Arreei-lhe logo. Pois…agora já está. Mas não insistas, pedir desculpa é que não peço, não faltava mesmo mais nada. Já te disse que ele esquece, é assim de raiva mansa, daqui a dias convida-me para um cafezito e eu sei que já lhe passou a “oura” e…amigos como dantes…

Há dias escrevi a propósito de um artista de quem gosto particularmente e a quem muitos apontam o dedo por causa de questões ligadas com o álcool. Creio que não guardei e fiz mal uma entrevista que deu há uns, creio que três anos, sobre o seu processo de desintoxicação. Há quem diga que ele recaiu e isso serve para que se digam dele cobras e lagartos. Sobre isso escrevi há dias: “e todo o ser humano tem direito a redimir-se quando tem oportunidade para...e depois há os "fracos" que reincidem, mas mesmo esses têm direito a serem amados”.

Ontem foi o Primeiro Domingo do Advento, do tempo que há-de vir. O Natal está aí à porta e com ele mais uma oportunidade de reflectirmos sobre a nossa forma de estarmos na vida, de nos relacionarmos com os outros, do papel que assumimos na sociedade onde nos inserimos. É altura de um exame de consciência e de “aplanarmos as veredas da nossa vida” para que nos sintamos bem com a nossa consciência, tenhamos a certeza de que fazemos tudo para sermos felizes, pois a nossa vocação essencial é sermos felizes e isso só é possível quando cada noite adormecemos com a consciência de que fizemos tudo para o sermos. Só podemos ser felizes se à nossa volta não houver tristeza, se formos sementes de alegria e harmonia, sementes da tal paz. Que o Natal que está a chegar não seja, apenas, mais um Natal. Que no dia 24 de Dezembro sintamos que alguma coisa se foi transformando em nós ao longo destes dias em que limpamos e alindamos as nossas casas, montamos árvores de Natal, fazemos o presépio, vemos as ruas das nossas terras iluminadas com enfeites alusivos, fazemos a lista das pessoas a quem gostaríamos de oferecer um presente, os compramos. Há toda uma preparação exterior para a Noite feliz, a Noite de Paz. Bastará esta preparação? É a única importante?

Temos mais uma oportunidade. Façamos dela A oportunidade de convertermos a nossa vida. Aproximemo-nos daqueles a quem ofendemos e assumamos a nossa culpa; aos que nos ofenderam demos mais uma oportunidade; partilhemos o que temos com quem não tem, não faltam instituições a precisarem do nosso tempo, não faltam idosos a precisarem de atenção, não falta com quem partilharmos a nossa abundância de haveres. Há sempre quem tenha menos do que nós.

Estamos no Advento. Preparemo-nos para um Natal quente de amor. Que seja Feliz Natal.


Abraços marienses
Árvore, 03 de Dezembro de 2007
Ana Loura

27 de novembro de 2007

Mais encontro, mais fotos, mais vídeos

Estas fotografias completam as do post sobre o encontro. Aliás optei por serem estas as primeiras a serem vistas, estão em ordem cronológica (mais ou menos)

Se houver alguém que não queira a foto onde está aqui publicada basta deixar comentário que eu retiro-a

Para quem abre os vídeos é fundamental desligarem o som da canção Mulheres de Atenas clicando duas vezes no botão





























































































































26 de novembro de 2007

Mais um Encontro de (jóvens) marienses em Lisboa

Para ver e ouvir os vídeos clicar duas vezes no botão que está no canto superior esquerdo para inibir a música de fundo

Olha quem é ela! Também estás aqui? Mas, tu não és mariense!!!! Ohhh, fiquei “para Nosso Senhor me levar…” triste, triste…mas alguém ao lado defende-me: Tás tolo, ela é mais mariense que eu que nasci lá… e muito mais que muitos outros… Ahhh, que bom, estava a ver que ia ser banida do Encontro Anual dos (jovens) Marienses no continente, mas safei-me. Pelo menos por esta vez.

Claro que a cena descrita foi real mas não passou de um diálogo alegre e bem disposto assim que cheguei à cantina da Faculdade de Agronomia de Lisboa onde se realizou, ontem, o encontro anual dos marienses no continente organizado pela AJISM.

Era este o teor do texto que vinha no e-mail de divulgação do evento: “A ajism irá realizar, uma vez mais, o Encontro Nacional de Jovens Marienses 2007. A realização desse encontro Baseia-se numa lógica de reunião/encontro entre jovens provenientes de Santa Maria q que actualmente, por motivos vários, reside no Continente, potenciando o seu contributo na divulgação e desenvolvimento da sua terra natal.
Dia: 24 de Novembro de 2007
Ementa: entradas Regionais, Sopas do Espírito Santo.
Preço por Ementa: 15€
Não sei se os objectivos da potenciação do contributo dos jovens para a divulgação e desenvolvimento de Santa Maria foram atingidos mas que foi um serão excelente de convívio, belas sopas de Império e cantoria lá isso foi. Mas, para mim, o reencontro com pessoas que não via há anos é sempre a parte melhor.

Há dias entrou em contacto comigo na Internet uma pessoa que me “encontrou” nos comentários a um artigo escrito pelo Professor Júlio Machado Vaz no seu blog O Murcon. Identificou-se como sendo filha de um Enfermeiro que tinha trabalhado na Estação LORAN, tinha vivido lá durante quatro anos mas tem recordações vivíssimas dessa época. Rapidamente fizemos amizade. Passei-lhe a informação sobre o encontro e ela foi. Mostrou-me fotografias da sua infância, falou da tristeza ao ter encontrado a casa onde viveu praticamente em ruínas assim como todo o complexo. Falou com muitas pessoas e qual não é o meu espanto quando a vejo num abraço apertado com o António Sousa. Foram/são amigos de infância. Jantaram lado a lado trocando recordações de brincadeiras de crianças.

Santa Maria tem esta peculiaridade que salta à vista: os marienses são-no os nascidos, os não nascidos, os criados, os filhos destes todos e os netos que vêm ao colo dos avós e dos pais comer as sopas que nos unem à roda das mesas e gritam em uníssono “Viva o Espírito Santo” como se estivessem dentro de uma copeira, São-no os jovens que cresceram juntos e cantam abraçados as músicas dos Ronda e que serão amigos para o resto da vida e faça esta o que fizer deles voltarão um dia, ou sempre, a estar presentes nestes encontros de saudade e de afirmação de uma identidade que existe muito para além do local de nascimento que consta no Bilhete de identidade.

Abraços marienses

Árvore, 26 de Novembro de 2007

Ana Loura