20 de dezembro de 2004

Desejo a todos um Santo Natal

Bom dia!
Andei a semana toda a pensar nesta crónica, em fazer dela um Hino ao Natal. Depois aconteceu uma coisa que me fez ferver e me indignou tanto que mudei de ideia, mas como o que aconteceu no Karaoke da Garrafeira não passou de um simples desrespeito pelos jovens que lá cantaram nas duas eliminatórias e se viram postos num canto por um profissional da música mariense que não tinha passado pelas eliminatórias e afinal aquilo era uma brincadeira (diz-se por cá que brincar é na areia…) E depois quando os jovens perdem o respeito por quem com atitudes destas não se dá ao respeito aqui-del-rei que esta juventude é rasca…
Bom, siga pa bingo…

Estamos no Natal. Agora sim, estamos no Natal. A sociedade de consumo andou um mês inteirinho a convencer-nos que já era Natal, as montras enfeitadas à maneira, muito lindas a convencer-nos de que os produtos expostos por imprescindíveis e maravilhosos nos tornariam os seres humanos mais felizes do mundo neste Natal e que prendas quanto mais caras melhor, que o Natal do carinho e calor humano é coisa do passado ou dos finais felizes dos contos de Natal de Dickens.

Cada vez mais falta a Magia do Natal, a surpresa da prendinha junto ao presépio manhã cedo do dia de Natal. Agora já toda a gente sabe o que irá receber pois até já se pedem as prendas, as cartinhas ao pai Natal e não ao menino Jesus, já não são escritas mas sim pedidas a viva voz ao pai ou à Mãe e satisfeitas na íntegra. Dá-se tudo o que as crianças pedem não vá a criancinha ficar com a ideia de que não é amada pois já não pegamos nelas ao colo, já não as acarinhamos, já não as levamos pela mão à escola e à missa pois não temos tempo. Substituímos o carinho pelo carro a pilhas, pela consola de jogos, pelas Barbies.

Mas apesar de tudo é Natal, Jesus insiste em nascer e os Anjos cantam bem alto “Glória a Deus nas alturas e Paz na Terra aos homens por ele amados” e como Ele a todos ama: Paz em toda a terra e para todos os homens sem excepção, seja branco ou preto, cristão ou não cristão, rico ou pobre, viva no Iraque ou no paraíso Atlântico que são os Açores.

Que todos se rendam e se ajoelhem diante desse menino que nasceu pobre mas trouxe consigo a Luz e é o Caminho a Verdade e a Vida

Cantemos:

Ai, vinde todos à porfia
Cantar um hino de louvor
Hino de paz e alegria
Que os anjos cantam ao Senhor.

Gloria in Excelsis Deo!

Naquela noite venturosa
Em que nasceu o Salvador
Vozes de anjos harmoniosas
Lançam ao céu este clamor.

Eu hei-de dar ao Menino
Uma fitinha pró chapéu
E ele também me há-de dar
Um lugarzinho no céu.

Olhei para o céu
Estava estrelado
Vi o Deus Menino
Em palhas deitado.
Em palhas deitado,
Em palhas estendido,
Filho duma rosa,
Dum cravo nascido!

No seio da Virgem Maria
Encarnou a divina graça;
Entrou e saiu por ela
Como o sol pela vidraça.

Arre , burriquito ,
Vamos a Belém,
A ver o Menino
Que a senhora tem ;

Que a senhora tem,
Que a senhora adora
Arre burriquito,
Vamos-nos embora.

Desejo a todos um Santo Natal
Ana Loura,
20 de Dezembro de 2004