27 de junho de 2007

Enquanto


Enquanto


Enquanto houver um homem caído de bruços no passeio e um sargento que lhe volta o corpo com a ponta do pé para ver como é;


Enquanto o sangue gorgolejar das artérias abertas e correr pelos interstícios das pedras, pressuroso e vivo como vermelhas minhocas despertas;


Enquanto as crianças de olhos lívidos e redondos como luas, órfãs de pais e de mães, andarem acossadas pelas ruas como matilhas de cães;


Enquanto as aves tiverem de interromper o seu canto com o coraçãozinho débil a saltar-lhes do peito fremente, num silêncio de espanto, rasgado pelo grito da sereia estridente;


Enquanto o grande pássaro de fogo e alumínio cobrir o mundo com a sombra escaldante das suas asas amassando na mesma lama de extermínio os ossos dos homens e as traves das suas casas;


Enquanto tudo isto acontecer, e o mais que se não diz por ser verdade, enquanto for preciso lutar até ao desespero da agonia, o poeta escreverá com alcatrão nos muros da cidade:


ABAIXO O MISTÉRIO DA POESIA!


(António Gedeão, Linhas de força, 1967,Coimbra)

25 de junho de 2007

Utopia

Bom dia!

Utopia, nome da ilha idealizada por Thomas More escritor, filósofo inglês, Chanceler do reino, nascido em 1478 e decapitado a mando do Rei por não reconhecer a nova religião, o Anglicanismo, e ter ficado fiel aos seus princípios Católicos, quando Henrique pretendeu a nulidade do seu casamento e esta não foi concedida pela Santa Sé. “A execução de Thomas More na Torre de Londres, no dia 6 de Julho de 1535, ordenada pelo rei Henrique VIII de Inglaterra, foi considerada uma das mais graves e injustas sentenças aplicadas pelo estado contra um homem de honra, consequência de uma atitude despótica e de vingança pessoal do rei.

Thomas More, na sua obra Utopia, descreve um reino imaginário onde há justiça igualdade e todos são felizes. Consta na Wikipédia “De Optimo Reipublicae Statu deque Nova Insula Utopia (em português, Sobre o melhor estado de uma república e sobre a nova ilha Utopia) ou simplesmente Utopia é um livro de 1516 escrito por Tomás Moro (Thomas Morus 1480-1535). Escrito em latim, foi sua principal obra literária e tornou-se sinonimo de projecto irrealizável; fantasia; delírio; quimera; lugar que não existe, dando uso mais amplo do então neologismo "utopia".

Eu sonho desde sempre com um mundo melhor, mundo onde não haja exploradores nem explorados, opressores nem oprimidos, onde quem trabalha come, onde a saúde, o pão, a paz, a educação, a habitação, os direitos os deveres sejam de todos e para todos. Há muitos anos havia uma canção de Zeca Afonso que traduzia, entre outras, este meu sonho

Menino do Bairro Negro

Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar
Ver o sol chegar

Menino sem condição
Irmão de todos os nus
Tira os olhos do chão
Vem ver a luz

Menino do mal trajar
Um novo dia lá vem
Só quem souber cantar
Virá também

Negro bairro negro
Bairro negro
Onde não há pão
Não há sossego

Menino pobre o teu lar
Queira ou não queira o papão
Há-de um dia cantar
Esta canção

Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar
Ver o sol chegar

Se até da gosto cantar
Se toda a terra sorri
Quem te não há-de amar
Menino a ti

Se não é fúria a razão
Se toda a gente quiser
Um dia hás-de aprender
Haja o que houver

Negro bairro negro
Bairro negro
Onde não há pão
Não há sossego

Menino pobre o teu lar
Queira ou não queira o papão
Há-de um dia cantar
Esta canção

Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar
Ver o sol chegar

O Vinte e cinco de Abril foi há 33 anos e ainda há muitos bairros onde o sol não nasce, muita gente sem direito à paz, ao pão, à educação, à saúde, à habitação, muita gente explorada e meia dúzia de exploradores. Ainda há povos que em nome de “valores” discutíveis oprimem outros povos, a guerra é uma realidade ao virar da esquina. Viveremos sem esperança de uma sociedade melhor? Eu acredito que é possível uma sociedade em que a “doutrina de organização económica e social que considera que o interesse e o bem da comunidade se devem sobrepor ao interesse particular;” "uma teoria social que preconiza a supressão da propriedade individual e a comunhão de todos os bens e de todos os produtos da terra e da industria" Um “sistema dos que procuram reformar o estado social, pela incorporação dos meios de produção e consumo na comunidade, pelo regresso dos bens e propriedades particulares à colectividade, e pela repartição, entre todos, do trabalho comum e dos produtos de consumo."
Uma sociedade Socialista não é utopia.

Estes sonhos, são sonhos colectivos, realizam-se de mãos e braços dados. Não dependem, apenas de mim, nem apenas de te ti, mas de todos nós no respeito ao outro, no amor fraterno.

No dia em que isto deixar de ser um sonho realizável e passar a ser utopia, tudo para mim deixará de fazer sentido, até o acordar. Eu tenho um sonho, sim, mas esse sonho é realizável e depende de cada um de nós e eu quero sonhar tendo a certeza de o meu sonho é possível.
Também de Zeca Afonso:
Utopia

Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
Gente igual por fora
Onde a folha da palma
afaga a cantaria
Cidade do homem
Não do lobo, mas irmão
Capital da alegria
Braço que dormes
nos braços do rio
Toma o fruto da terra
É teu a ti o deves
lança o teu desafio
Homem que olhas nos olhos
que não negas
o sorriso, a palavra forte e justa
Homem para quem
o nada disto custa
Será que existe
lá para os lados do oriente
Este rio, este rumo, esta gaivota
Que outro fumo deverei seguir
na minha rota?

Que me chamem de lunática, sonhadora, “utópica” mas eu não quero, nunca, deixar de sonhar com um mundo mais justo e melhor. Não há outros fumos, outras rotas…, outras Ilhas, UTOPIAS.

Abraços marienses
Árvore, 25 de Junho 2007
Ana Loura

21 de junho de 2007

Conduzir na Caridade

Foto roubada a http://alguma-prosa.blogspot.com/

Decálogo dos condutores

I.Não matarás

II. A estrada seja para ti um instrumento de comunhão, não de danos mortais

III. Cortesia, correcção e prudência ajudar-te-ão

IV. Sê caridoso e ajuda o próximo em necessidade, especialmente se for vítima de um acidente

V. O automóvel não seja para ti expressão de poder, de domínio e ocasião de pecado

VI. Convence os jovens e os menos jovens a não conduzirem quando não estão em condições de o fazer

VII. Apoia as famílias das vítimas dos acidentes

VIII. Procura conciliar a vítima e o automobilista agressor, para que possam viver a experiência libertadora do perdão

IX. Na estrada, tutela a parte mais fraca

X. Sente-te responsável pelos outrosDa Pastoral dos Itinerantes



Ontem tendo lido estes preceitos e quando me fiz à estrada depois da saída de serviço fui mais atenta do que o costume à condução dos outros, à minha e às minhas reacções. Ando impaciente, mandei montes de gente àquele sítio onde mandamos as pessoas que nos chateiam, chamei burro a meia dúzia e dei comigo a pensar em como somos incivilizados, egoísta (tou incluidinha neste somos). Imagina eu a piscar há meia hora (exagero, a viagem demora 20 minutos, 25...)a indicar que quero passar para a faixa da esquerda e, quando há oportunidade, o "rodriguinho" que vinha atrás, pisca, faz a manobra e eu fico-me com os meus impropérios. Não que fosse "tirar o pai da forca" mas porque já tinha iniciado a manobra e fiquei em riscos de levar com o mancebo em cima se não recupero o lugarinho na bicha da direita...Tenho mesmo que abrandar a ver se dá para rezar um rosário antes de chegar a casa. Assim vai dando para alguns Pais-Nossos e agradecer o facto de estar viva e de ir vendo as flores bonitas ao longo da estrada.

20 de junho de 2007

Tomar partido- José Carlos Ary dos Santos

Foto: Até amanhã Camarada". Autora: Ana Loura. O produto da venda de exemplares desta foto revertem a favor das obras de reconstrução do Centtro de Trabalho de Vila do Conde


Ao meu primo Pinho, à LA, a todos os que me dizem que eu deveria mudar
Aos meus filhos, ao futuro, ao meu Partido


TOMAR PARTIDO

Tomar partido é irmos à raiz
do campo aceso da fraternidade
pois a razão dos pobres não se diz
mas conquista-se a golpes de vontade.

Cantaremos a força de um país
que pode ser a pátria da verdade
e a palavra mais alta que se diz
é a linda palavra liberdade.

Tomar partido é sermos como somos
é tirarmos de tudo quanto fomos
um exemplo um pássaro uma flor.

Tomar partido é ter inteligência
é sabermos em alma e consciência
que o Partido que temos é melhor.

A mi Partido- Pablo Neruda




"A MI PARTIDO" (Pablo Neruda)

Me has dado la fraternidad hacia el que no conozco.
Me has agregado la fuerza de todos los que viven.
Me has vuelto a dar la patria como en un nacimiento.
Me has dado la libertad que no tiene el solitario.
Me enseñaste a encender la bondad, como el fuego.
Me diste la rectitud que necesita el árbol.
Me enseñaste a ver la unidad y la diferencia de los hombres.
Me mostraste cómo el dolor de un ser se ha muerto en la victoria de todos.
Me enseñaste a dormir en las camas duras de mis hermanos.
Me hiciste construir sobre la realidad como sobre una roca.
Me hiciste adversario del malvado y muro del frenético.
Me has hecho ver la claridad del mundo y la posibilidad de la alegría.
Me has hecho indestructible porque contigo no termino en mí mismo.

19 de junho de 2007

Entrevista na RDP Açores

A Cristina Oliveira da RDP Açores,autora do programa CO2, anda a entrevistar Blogueiros da nossa praça. Amanhã vai para o ar, pelas 16 horas, a entrevista que me fez.

Abraços marienses
Ana

18 de junho de 2007

Tradição-II Na casa dos Açores do Norte






Bom dia,


“A tradição já não é o que era” dizem muitos acerca de muitas das tradições do nosso Povo e, também, acerca de coisas mais corriqueiras e menos tradicionais. Sabemos que o verdadeiro significado da palavra tradição é, segundo a Infopédia:
1- transmissão oral dos factos, lendas, dogmas, etc., de uma sociedade, de geração em geração;
2- conjunto de práticas e doutrinas transmitidas de geração em geração;
3- memória, recordação
4- forma de pensar ou de agir herdada de gerações anteriores; uso; hábito;
5- RELIGIÃO (religião católica) tradição oral independente da Sagrada Escritura, vinda directamente de Cristo ou por intermédio dos Apóstolos, considerada como fonte de revelação divina, e, por consequência, tida como transmissora de verdades de fé;

Sou tradicionalista, adepta do tradicionalismo, (apego às tradições ou aos usos antigos; conservantismo; doutrina que faz da tradição a fonte e o critério da verdade) mas não sou conservadora, pelo contrário sou pelo progresso. Acho que todo o homem tem direito a usufruir das coisas boas que o progresso, em todas as áreas da vida, traz à humanidade, favorecendo sempre o aumento da qualidade de vida. Por ser tradicionalista e ao mesmo tempo progressista acho que tradições há que preservadas e vividas nos tempos que correm são aberrações, atentados ao progresso e a uma civilização que respeita, deverá respeitar, valores fundamentais de vivência e convivência com a natureza e falo especificamente das touradas, caçadas, lutas de galos, praxes académicas humilhantes, no S. João continuo a preferir o alho pôrro e a cidreira ao irritante martelinho, ou qualquer outra tradição que violente animais ou seres humanos.

Mas, as tradições não podem ser impostas, têm que ser explicadas, inculcadas (inculcar: dar indicações a respeito de; indicar; sugerir, propor, recomendar; infundir no ânimo, incutir) e assim serem mantidas com a alegria de quem entende que as tradições são o realizar, agora, as coisas que fizeram com que sejamos o que e como somos, as nossas raízes. Realizar um Império não pode, de forma alguma, ser apenas um cumprir de tradições, há que saber o que é um Império, porque surgiu e o que significa.

Ontem eu e o Pedro fomos ao Porto participar num Império realizado pela Casa dos Açores do Norte. As Casas dos Açores são organizações importantíssimas na divulgação da nossa cultura e tradições em todo o mundo onde há açorianos. Há-as no Algarve, em Lisboa, no Porto, em Ontário, Quebeque, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Winnipeg.

Foi o convidado de honra o Bispo Emérito (Jubilado, “reformado”) dos Açores D. Aurélio Granada Escudeiro que na Homilia acentuou que os Impérios devem ser realizados em Louvor efectivo do Espírito Santo e não apenas porque é tradição, porque na nossa terra se fazia e agora que estamos longe há que fazer como fazíamos lá. Concordo. Ao realizarmos um Império teremos que ter sempre presente, dar-lhe o cunho de louvor ao Divino, de festa, mas nunca sem esquecer o seu pendor de partilha. D. Aurélio lembrou que a Rainha Santa Isabel instituiu a realização dos Impérios em louvor do Espírito Santo, em Tomar, ao fazer colocar uma coroa na cabeça de um homem pobre e fazendo-o sentar num trono como que a lembrar-nos de que é no rosto de quem não tem, de quem sofre carência de pão que veremos o rosto de Jesus, que devemos fazer alvo de partilha do que temos aquele que não tem.

Depois da Missa de Coroação na lindíssima igreja do Convento da Nossa Senhora da Esperança, no Porto, foram servidas sopas e molha de carne à moda do Faial acompanhada por uma deliciosa Massa Sovada vinda de S Miguel, regadas com vinho Curral Atlantis tinto e para sobremesa arroz doce.

O convívio foi encerrado com chave de ouro com a arrematação de Massa Sovada vinda fresquinha de S Miguel e um cabaz para angariação de verba para ajudar uma açoreana que tem que se deslocar ao continente para tratamentos de quimioterapia (corrigenda: radioterapia). Como costumo dizer “migalhas é pão”, mas é preciso muito mais do que estas migalhas para ajudar essa pessoa e o espírito de Império, de partilha, não se esgota num dia e todas as dádivas serão bem vindas e poderão ser enviadas para: Casa dos Açores do Norte, Rua do Bonfim, 163, 4300-069 Porto.

Afinal, a tradição ainda é o que era. Cabe-nos a nós, ainda que longe da Ilha, educar os nossos filhos nas nossas tradições, mas não apenas para as cumprirmos, mas porque as tradições significam formas de afirmação de valores fundamentais.

Apenas uma pequena nota de rodapé: abriu, há dias, um estabelecimento "gourmet" de produtos genuinos açoreanos em Braga, Sabores dos Açores, foi de lá que vieram os vinhos, a massa, os artigos que compunham o cabaz e onde constava, até, a laranjada Melo Abreu. Estou inquietinha por lá ir.

Abraços marienses
Árvore, 18 de Julho de 2007
Ana Loura

11 de junho de 2007

Porque não me apetece




Hoje não me apetece cronicar. Não me apetece e pronto.


Porquê? Não sei muito bem, mas se calhar é mesmo porque não me apetece. Ou porque ando cansada, sem vontade seja do que for, amorfa, com sono. Olho à minha volta e tudo me entedia. Estou farta! De quê? Cá sei…de tudo e de nada. Gostaria de adormecer sem hora para acordar. Gostaria de não acordar à hora “regulamentar”, ao bater das madrugadoras 7 horas como me acontece aos Sábados Domingos e feriados como se fossem vulgares dias de semana. Eu fico quietinha na cama à espera de reatar o sonho que nem estou certa de ter estado a sonhar, de voltar ao soninho reparador que tanta falta me faz. E posso dormir pois as tarefas a que, normalmente me proponho ao fim-de-semana, não têm hora marcada e não preciso de acordar tão cedo. Mas por artes de sei lá o quê, apesar do sono imenso, do tamanho da Légua da Póvoa, não consigo voltar aos braços do Morfeu. Começo a ficar irritada e então não vale a pena continuar na cama. O certo é que me fica o dia estragado. Tenho sono! E não tomando o cafezinho dos dias “normais” da semana ele não desaparece e passo o dia neste nem a dormir nem acordada, nesta “dormideira”, arrastando-me penosamente nas horas do dia e fico assim sem que me apeteça fazer rigorosamente nada…nem escrever a crónica…
Por isso e porque hoje não haverá “A crónica do dia” deixo-vos um poema de Fernando Pessoa

LIBERDADE


Ai que prazer

não cumprir um dever.

Ter um livro para ler

e não o fazer!

Ler é maçada,

estudar é nada.

O sol doira sem literatura.

O rio corre bem ou mal,

sem edição original.

E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal

como tem tempo, não tem pressa...


Livros são papéis pintados com tinta.

Estudar é uma coisa em que está indistinta

A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.

Esperar por D. Sebastião,

Quer venha ou não!


Grande é a poesia, a bondade e as danças...

Mas o melhor do mundo são as crianças,

Flores, música, o luar, e o sol que peca

Só quando, em vez de criar, seca.


E mais do que isto

É Jesus Cristo,

Que não sabia nada de finanças,

Nem consta que tivesse biblioteca...

Abraços marienses
Árvore, 11 de Junho de 2007
Ana Loura

4 de junho de 2007

Hino










Foto da esquerda da minha autoria. "Quarto" do Espírito Santo do Império das Crianças de 2005 . Foto da direita da autoria de Elídio Vaz feita em S Miguel.
Bom dia!

Ontem alguém me pôs a ouvir, via telemóvel, o Hino do Espírito Santo tocado por uma banda de música numa coroação em S Miguel. Eu quis trautear-lo mas a letra não me vinha à memória apesar de tantas vezes o ter cantado. É estranho que muitos de nós não o saibamos cantar pois é de um simbolismo tão profundo na cultura popular e Cristã das nossas dez ilhas ( não podemos, nunca, esquecer a Diáspora). Nele está o louvor à terceira Pessoa da Trindade, o pedido que venha e transforme a face da terra, o apelo ao amor Cristão e a certeza da vida eterna onde se colhem os frutos das sementeiras realizadas na vida presente.
Um belíssimo hino que vale a pena ler, meditar e rezar.

Aqui vo-lo deixo com votos de que o ouçam, leiam e meditem cada verso, o decorem e cantem.

Hino ao Espírito Santo
Autor: READ CABRAL

Alva pomba que meiga aparecestes,
Ao Messias no rio Jordão,
Estendei vossas asas celestes
Sobre os povos do orbe cristão.

Vinde, oh! Vinde, entre nuvens de glória.
Entre os anjos e bênçãos de amor,
Entre os cantos de eterna vitória
Que os querubins vos elevam, Senhor. (bis)

Quem aos pobres seus braços estende,
Quem lhes veste seus ombros tão nus,
Achará que tudo isto só tende
Para a glória e honra da cruz.

Vinde, oh! Vinde, entre nuvens de glória.
Entre os anjos e bênçãos de amor,
Entre os cantos de eterna vitória
Que os querubins vos elevam, Senhor. (bis)


Ofertai as mais belas oferendas,
Ofertai-as em nome de Deus;
Colhereis lá um dia mil prendas
Quando entrardes no Reino dos Céus.

Vinde, oh! Vinde, entre nuvens de glória.
Entre os anjos e bênçãos de amor,
Entre os cantos de eterna vitória
Que os querubins vos elevam, Senhor. (bis)

Semeando vosso ouro entre os pobres
A colheita no Céu a fareis!
O triunfo de esforços tão nobres
Só no seio de Deus achareis.

Alva pomba que meiga aparecestes,
Ao Messias no rio Jordão,
Estendei vossas asas celestes
Sobre os povos do orbe cristão.

Abraços marienses
Árvore, 04 de Junho de 2007
Ana Loura