Segui com o maior interesse o Campeonato Europeu de Futebol, sem patrioteirismos exacerbados de última hora, mas o coração a pulsar em sintonia com o resto dos portugueses. Fiquei triste com a primeira derrota, emocionei-me e gritei de alegria com cada golo e fiquei "decepcionada" com a última derrota. Fechou-se o círculo. Mas sem margem para dúvida não estou de luto nem chorosa. A Selecção Portuguesa jogou bem e chegou à final. Venha agora o Mundial.
Mas estas lides futebolísticas não me alhearam do fandango em que anda a política nacional, do ar solene com que o Primeiro Ministro aceitou ser a alternativa possível para um lugar na Europa que os preferidos, os mais aptos, recusaram. Não estiveram para se chatear, e o "nosso" Durão lá embandeirou em arco, inchou que nem um sapo e atento, venerando e obrigado aceitou o que os outros recusaram e ainda tentou convencer o Zé Povão que aceitava, em nome da Pátria de nós todos, fazer o sacrifício de arrecadar cerca de cinco mil contos na moeda antiga, por mês. Vejam só o espírito de sacrifício do pobrezinho: deixar a presidência do governo de que é responsável, o país no tem-te não caias económico, no dilema de se se fizerem eleições antecipadas a economia do país ainda se afunda mais e se não se fizerem a gente não votou para o menino terrível do Jet Set ir para o poleiro embora ele até já tenha mudado de atitudes e tenha tomado um ar de sério e ponderado quase Primeiro Ministro por passagem do testemunho partidário e a democracia não é assim que se pratica e onde estão as regras do jogo, não de futebol que esse agora está de recobro, mas da política do Portugal de todos nós?
O, ainda, Nosso Primeiro calçou uma bota bem apertada ao Presidente da República. Vamos a ver como ele a descalça e se o Povo Português a calça por iniciativa própria e dá um valente piparote no traseiro do partido que anda a brincar e a rir na cara da gente.
A todos boa semana
Santa Maria, 05 de Julho de 2004
Ana Loura
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