Ao meu Amigo Adriano Ferreira
Crónica lida aos microfones do Clube Asas do Atlânticao no dia 29 de Agosto de 2005
Bom dia
Antes de qualquer outra coisa que eu possa dizer ou de desenvolver qualquer ideia quero, mais uma vez, afirmar publicamente que perdi um muito querido Amigo, uma pessoa por quem nutria uma grande admiração e cuja amizade e respeito tenho a certeza de ter granjeado.
A morte de Adriano Ferreira deixa um grande vazio no panorama cultural e humano de Santa Maria.
Conheci o Adriano mal cheguei cá pois ele trabalhava na Meteorologia e nós reparávamos os equipamentos lá instalados. O Adriano tinha um porte garboso, era uma figura fisicamente difícil de passar despercebido, e quando falava o timbre da sua voz chamava a atenção. Só comecei a vê-lo realmente de perto quando fui convidada a fazer parte da família Lion de Santa Maria e ao, no início por acaso, ficar sentada nas assembleias ao pé do grupo de amigos de que o Adriano fazia parte e que nestes eventos tem tendência a juntar-se no cantinho de uma mesa. Apesar de algo mais jovem e ser, de certo modo uma intrusa naquele cantinho da mesa, eu senti-me em casa no meio daqueles casais que de uma alegria e jovialidade me fizeram sentir à vontade. Uma coisa que começou por ser um acaso passou a fazer parte da minha escolha, quando era possível, e acabei por fazer sempre o possível por me sentar junto ao “grupo” do Adriano. Claro que o termo grupo não traduz de forma alguma o ser-se e estar-se nos Lions, que funcionam como um colectivo, mas isso seria tema para outra conversa
O Adriano não passou pela vida por passar, o Adriano foi o companheiro inseparável da D. Lídia, foi um Pai como não há muitos, avô babado (adorava ouvi-lo nas apresentações que fazíamos de nós próprios quando vinha algum dirigente do movimento leonístico e ele dizia: Adriano Ferreira, a idade, casado com a Lídia, olhando para ela com a ternura a bailar-lhe nos olhos e que a D. Lídia retribuía com um sorriso apaixonado, 3 filhos e dois netos…quando o mais novo nasceu e ele disse 3 netos os olhos brilharam e disse ao Manuel Humberto, já tenho mais um do que tu…). Como dizia, o Adriano não passou pela vida por passar. Para além de marido, pai e avô, foi um interventor na sociedade mariense desde nas autarquias, como na direcção do Clube Asas do Atlântico, nos corpos directivos dos Lions. Mas a sua faceta mais conhecida e que cultivou com grande intensidade nos últimos 8 anos foi a de escritor em árias tão diferentes como a crónica, o romance e o documental. Deixou uma obra muito interessante que em muito prestigia Santa Maria.
Fui convidada para o lançamento dos livros que editou nos últimos anos e todos os autógrafos que me dedicou transpareceram a sua amizade por mim que muito me honrou.
A RTP Açores, embora à última da hora como muita coisa que faz, decidiu entrevistá-lo em directo no programa emitido aquando as comemorações do dia da Autonomia, numa entrevista relâmpago e quanto a mim de uma ligeireza quase ofensiva. Com tanta programação regional e ainda bem, será que a RTP não teve tempo ou equipa de luxo disponível para fazer o programa que se impunha sobre essa figura importante das letras marienses? De facto o tempo agora esgotou-se como se esgotou a vida do meu Amigo Adriano Ferreira.
Ao Homem tranquilo, ao meu Amigo Adriano Ferreira deixo aqui o meu último abraço e a minha admiração.
Que descanse em Paz
Santa Maria, 29 de Agosto de 2005
Ana Loura
Crónica lida aos microfones do Clube Asas do Atlânticao no dia 29 de Agosto de 2005
Bom dia
Antes de qualquer outra coisa que eu possa dizer ou de desenvolver qualquer ideia quero, mais uma vez, afirmar publicamente que perdi um muito querido Amigo, uma pessoa por quem nutria uma grande admiração e cuja amizade e respeito tenho a certeza de ter granjeado.
A morte de Adriano Ferreira deixa um grande vazio no panorama cultural e humano de Santa Maria.
Conheci o Adriano mal cheguei cá pois ele trabalhava na Meteorologia e nós reparávamos os equipamentos lá instalados. O Adriano tinha um porte garboso, era uma figura fisicamente difícil de passar despercebido, e quando falava o timbre da sua voz chamava a atenção. Só comecei a vê-lo realmente de perto quando fui convidada a fazer parte da família Lion de Santa Maria e ao, no início por acaso, ficar sentada nas assembleias ao pé do grupo de amigos de que o Adriano fazia parte e que nestes eventos tem tendência a juntar-se no cantinho de uma mesa. Apesar de algo mais jovem e ser, de certo modo uma intrusa naquele cantinho da mesa, eu senti-me em casa no meio daqueles casais que de uma alegria e jovialidade me fizeram sentir à vontade. Uma coisa que começou por ser um acaso passou a fazer parte da minha escolha, quando era possível, e acabei por fazer sempre o possível por me sentar junto ao “grupo” do Adriano. Claro que o termo grupo não traduz de forma alguma o ser-se e estar-se nos Lions, que funcionam como um colectivo, mas isso seria tema para outra conversa
O Adriano não passou pela vida por passar, o Adriano foi o companheiro inseparável da D. Lídia, foi um Pai como não há muitos, avô babado (adorava ouvi-lo nas apresentações que fazíamos de nós próprios quando vinha algum dirigente do movimento leonístico e ele dizia: Adriano Ferreira, a idade, casado com a Lídia, olhando para ela com a ternura a bailar-lhe nos olhos e que a D. Lídia retribuía com um sorriso apaixonado, 3 filhos e dois netos…quando o mais novo nasceu e ele disse 3 netos os olhos brilharam e disse ao Manuel Humberto, já tenho mais um do que tu…). Como dizia, o Adriano não passou pela vida por passar. Para além de marido, pai e avô, foi um interventor na sociedade mariense desde nas autarquias, como na direcção do Clube Asas do Atlântico, nos corpos directivos dos Lions. Mas a sua faceta mais conhecida e que cultivou com grande intensidade nos últimos 8 anos foi a de escritor em árias tão diferentes como a crónica, o romance e o documental. Deixou uma obra muito interessante que em muito prestigia Santa Maria.
Fui convidada para o lançamento dos livros que editou nos últimos anos e todos os autógrafos que me dedicou transpareceram a sua amizade por mim que muito me honrou.
A RTP Açores, embora à última da hora como muita coisa que faz, decidiu entrevistá-lo em directo no programa emitido aquando as comemorações do dia da Autonomia, numa entrevista relâmpago e quanto a mim de uma ligeireza quase ofensiva. Com tanta programação regional e ainda bem, será que a RTP não teve tempo ou equipa de luxo disponível para fazer o programa que se impunha sobre essa figura importante das letras marienses? De facto o tempo agora esgotou-se como se esgotou a vida do meu Amigo Adriano Ferreira.
Ao Homem tranquilo, ao meu Amigo Adriano Ferreira deixo aqui o meu último abraço e a minha admiração.
Que descanse em Paz
Santa Maria, 29 de Agosto de 2005
Ana Loura
1 comentário:
Olá, muito boa tarde!
Estive a ler os seus últimos artigos, depois do meu último comentário e gostei de todos eles porque estão muito bem desenvolvidos. As ideias estão de tal forma ordenadas que entendi as mensagens que quis transmitir claramente.
Os melhores cumprimentos.
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