2 de novembro de 2009

"A caridade não se ensoberbece"







Fotos de Ana Loura
“A caridade não se ensoberbece”

Chegaram a Santa Maria no passado dia 16 de Outubro três contentores com o total de quinze toneladas e meia de alimentos; arroz, farinha, açúcar, massas diversas, manteiga, leite, bolachas, leite em pó, leite achocolatado, leite UHT, cereais, queijos, sobremesas, no âmbito do Programa de ajuda alimentar a carenciados, através do Banco Alimentar contra a fome de S. Miguel no resultado de uma conversa informal entre o Pároco de Vila do Porto, Padre Sérgio Mendonça, e a Dra. Luísa César, presidente do Banco. A instituição mediadora foi a Fraterna Ajuda Cristã da Paróquia de Vila do Porto em colaboração directa com o Instituto de Acção Social que forneceu as listagens de todos os beneficiários do Rendimento social de inserção. Dentre os que constavam na lista do IAS e os carenciados inscritos na FAC foram contempladas 148 famílias num total de 365 pessoas.

Mediante as listagens e num critério determinado pelo IAS os alimentos foram separados em caixotes acompanhados de uma credencial que os destinatários assinaram após terem recebido e conferido o conteúdo dos caixotes pela respectiva credencial.

A FAC, Fraterna Ajuda Cristã, é uma instituição de caridade ligada à Igreja e vive dos contributos dos seus associados e de diversos anónimos e do trabalho voluntário da sua direcção e colaboradores. Foram estes que durante uma semana debaixo de sol ou de chuva, juntamente com o Pároco, separaram os alimentos, colocaram dentro dos caixotes, carregaram-nos para as carrinhas de caixa aberta cedidas pela Logística e andaram pela ilha toda a entregá-los.

Quando fui ao cais tirar fotografias do andamento dos trabalhos recusaram-se a que os fotografasse é que: “a caridade não se ensoberbece” e o trabalho deles, a disponibilidade também foi caridade.

Bem hajam todos os que tornaram este Natal antecipado possível.

NOTA: A Fraterna Ajuda Cristã é um movimento, como disse, ligado à paróquia que sobrevive e ajuda quem precisa com as quotas dos seus associados e dos donativos que pontualmente chegam às mãos da sua Direcção. Se pensarmos que podemos prescindir de um maço ou dois do tabaco que fumamos ou de quatro ou cinco dos cafés que bebemos por mês e fazermos disso uma quota fixa para a FAC, esta organização poderá chegar mais longe nas suas acções de apoio a carenciados. É que por pouco que tenhamos há sempre quem tenha menos do que nós.

Abraços
Ana