26 de fevereiro de 2008

O mais novo continente, o continente português, ou o mar da estupidez


Bom dia!

Tenho andado desde há algum tempo para cá meia a cismar que o que aprendi nas aulas de Geografia desde a escola primária ao quinto ano do Liceu está tudo errado, que os livros que nessa altura eram únicos e passavam pelas mãos de todas crianças da família, incluindo primos, tinham gralhas, estavam errados e que os professores que ensinavam por aqueles livros não tiveram a coragem de escrever ao Ministério da educação a dizer que arrancassem as páginas aos livros onde aparecia a definição da palavra que me anda a pôr a cabeça há razão de juros há alguns anos, com medo de serem deportados para o Tarrafal, é que dizer o que nos ia na mente fazia "rolar cabeças".

Naquele tempo não havia para o mesmo ano da mesma disciplina livros diferentes. Os pais sabiam que o livro comprado para o primeiro filho que entrava na escola seria utilizado pelo mais novo. Assim aconteceu na nossa casa igualzinho ao que aconteceu em todos os lares portugueses onde havia crianças que tinham sapatos para irem à escola e depois para os filhos daqueles que tinham alguma possibilidade económica de "pôr um filho no Liceu".

A política entretanto e felizmente mudou e mudou a forma de ver o ensino. Não que eu concorde com a profusão de livros sobre as mesma disciplina que são apresentados aos professores para serem escolhidos e o são para uma escola este ano e não o são para o ano seguinte e se calha do miúdo ficar reprovado mais do que uma vez ter pela certa de comprar um novo de outro autor dependendo do gosto do professor que irá calhar-lhe na sorte. Parece até que os livros são escolhidos assim como uma peça de roupa num catálogo de venda por correio…ou como os remédios que alguns médicos receitam e lhes dá o direito a um "congresso" nas Maldivas. Mas, adiante…

Dizia eu que ando meia cismada com a alteração dos conceitos básicos da Geografia que me foi ensinada ao longo de 8 anos de escolaridade. Eu sei que já se passaram uns anos e que há conceitos que ficaram obsoletos e que no português os meninos da escola, hoje, já não dividem as frases em orações, que agora há os sintagmas, seja lá o que esse palavrão queira dizer. Mas, quando era criancinha de bata a proteger as roupas que eram escassas e não podiam ser lavadas com frequência principalmente no Inverno pois não havia máquinas de lavar e muito menos de secar, e lavar à mão roupa de cinco filhos era trabalho que punha num canto qualquer um dos cinco de Hércules, bem bom que na nossa casa muito cedo houve uma máquina de lavar que os patrões do meu Pai dispensaram pois já estava velha (para eles, claro), ainda me lembro dela, não tinha motor para a saída da água e tinha dois rolos que comprimiam a roupa para espremer o maior da água e era preciso metê-la lá dentro com o chuveiro dos nossos banhos, quando era criancinha ensinaram-me que um CONTINENTE é grande extensão de terra, sem interrupção de continuidade e que os continentes são cinco: Os Velhos - Europa, Ásia e África; o Novo – América e o Novíssimo – Oceânia, embora nas teorias mais actuais apareçam definidos de forma diferente em que a Europa e Ásia são a Euroásia e a Antártica seja considerada como Continente. Para mim e pelo que aprendi nos tais livros e o que ainda é mais estranho continua a ser escrito nos livros da especialidade e até na enciclopédia mais conhecida do mundo se diz que Continente "é uma grande massa de terra contínua cercada pelas águas oceânicas" e que são os mesmos cinco que eu já referi. Ora aqui bate o ponto, aqui surge o fulcro da minha cisma, é que, de repente, aparece meio mundo a dizer que os continentes são seis, que para além dos que referi, foi descoberto um novo: o "Continente português" e é vê-lo a ser referido em tudo o que crónica em jornais e revistas, em noticiários, em discursos de políticos açorianos e até continentais e em escritos de homens de letras e ciências e em documentos saídos de departamentos do Governo Regional. São tantos os letrados e doutorados a dizerem e repetirem essa bacorada que qualquer dia na fronteira entre Portugal e Espanha nasce o "Mar da estupidez" e embora não tenhamos no caso uma grande massa pois o nosso rectângulo tenha de área "apenas" 89.015 Km 2, passamos a ter, de facto, razão para em vez de dizer como sempre se disse Portugal continental, dizermos Continente Português.

Abraço mariense
Lisboa, 25 de Fevereiro de 2008
Ana Loura

21 de fevereiro de 2008

PS Açores, um partido pujante?

Foi esta a Crónica do Dia aos microfones do Asas do Atlântico no dia 18 de Fevereiro último:

Bom dia!

Muitos portugueses falam da política com desprezo, alguns, até dizem ter saudades dos tempos da “outra senhora” e outros, ainda, dizem que vivemos numa “república de bananas”. O certo é que a nossa democracia há muito está doente. Aliás de democracia já tem muito pouco o nosso regime político. Senão vejamos: do Estado solidário quase nada resta pois a saúde está pela hora da morte, só quem tem seguros de saúde, quem pode pagar consultas em consultórios privados ou clínicas têm, de facto, direito à saúde; quem tem que parir a quilómetros de casa quando não tem que parir mesmo na ambulância que a leva ao hospital mais próximo que por “acaso” fica “apenas” a 50 quilómetros da maternidade que encerrou na véspera…e o Primeiro Ministro a aparecer quinhentas vezes em todas as cadeias de televisão quer públicas quer privadas com aquele sorriso que nos lembra o ditado popular “com papas e bolos se enganam os tolos” e a gente, o Zé Povo, a fingir que sim senhor estamos todos bem não venha vir por aí abaixo um pior. Mas, bom, bom mesmo é a gente nem sair de casa para votar pois de cadela a cão poucas léguas vão…

A nível regional a coisa é mais ou menos a mesma ladainha. Há poucas semanas dizia eu que César sucedeu a César. Pois é…ou foi e voltou a ser. Se César sucedeu a César na candidatura a um lugar que não vai a votos que é o de Presidente do Governo Regional pois este é nomeado pelo partido mais votado nas eleições para a Assembleia Legislativa Regional, César colocou o carro à frente dos bois ao autonomear-se presidenciável, antes de ser O único candidato à presidência, e este lugar sim, sujeito a sufrágio directo dos militantes do PS/Açores, dizia eu à presidência do partido e aí sim ser por inerência o possível presidente do Governo dos Açores se o PS for o partido mais votado. Mas mesmo assim em César votaram apenas 56,89% dos militantes inscritos nos registos de militantes do PS Açores e destes oito disseram que não senhor, que César não servia. Mas coitados de nada lhes serviu oporem-se à eleição de César pois não tinham alternativa, não havia mais candidatos. E aí é que bate o ponto: a classe política açoriana não tem pessoas habilitadas a dentro dos próprios partidos serem alternativa ao poder vigente e por isso César tem que suceder, mais uma vez, a César. Mas, de quem será a culpa? Não será do próprio César que não prepara sucessão com medo de ser destronado? Antigamente dizia-se que fulano era “delfim” de sicrano e queria isto dizer que havia alguém dentro da máquina partidária pronto a suceder ao chefe pois era bom, embora mantendo a mesma linha partidária, ter alguém com algum trabalho feito e preparado para a sucessão. O Povo quer estabilidade mas que haja progresso e evolução…é que não sair da cepa torta também aborrece. Mas não haver “oposição” dentro do próprio partido também não é lá muito saudável e esta abstenção contrariamente a que César diz pode querer dizer que os militantes já nem se revêem lá muito no discurso monocórdico de César. César dizer que uma votação de 56,89% dos militantes é uma “votação expressiva e representou o “orgulho que os socialistas açorianos sentem no percurso” do partido que suporta o Governo Regional desde 1996.” É assim um pouco forçado. É que 56,89% é a bem da verdade pouco mais que a metade dos militantes e metade não é expressividade. Colocar na mesma balança a abstenção do Povo açoriano nas eleições regionais e a abstenção de militantes partidários é lançar areia aos seus próprios olhos pois todos partimos do princípio de que um militante partidário é um cidadão politizado, consciente das suas obrigações políticas e estatutárias pois ao assinar uma ficha de um partido o fazemos porque estamos conscientes do papel que esse partido tem na defesa dos nossos ideais. Ou será que não é assim no caso do PS e assinam a ficha os clientes políticos dos empregos que precisam para sobreviver, os que já estão empregados a recibo verde e a prazo e são convidados a participar em eventos de propaganda do partido e depois a assinar a ficha e aceitam para que no final da vigência do contrato este seja renovado? Eu no lugar de César estaria triste por 43,11% dos militantes do PS Açores com direito a voto não terem saído de casa para afirmarem a sua solidariedade, o seu convicto sim à sua permanência à frente do Partido. É que 43,11% de pessoas que voluntariamente (partamos deste princípio) assinaram o seu nome num bocadinho de papel que os faz militantes é a bem dizer metade, e metade de um todo é muito. Como pode César dizer que há mobilização no PS se metade, ou mais exactamente, 43,11% dos seus militantes não se sentiu mobilizado para sair de casa e ir dizer “Sim senhor, revejo-me em César, ele é o presidente do Partido que eu quero” E, Senhor Presidente e “candidato” a presidente, quem vota dentro do PS são os militantes e não os simpatizantes senão estes deixariam de ser simpatizantes/apoiantes e passariam a militantes com direito a voto. Afirmar que um partido em que 43,11% dos militantes se abstêm do seu direito/obrigação a votar é um partido pujante não acha um nada forçado? Eu diria mesmo que o é e muito.

A nossa já pouco jovem Democracia está doente, cabe à classe política sanear o sistema, acabar com a corrupção que há já nas bases partidárias com o clientelismo, e que deixe de ser colocada a ficha em cima secretária do Director de Serviço ou mesmo na vassoura do funcionário da limpeza contratados a prazo. Que as pessoas contratadas com base nas necessidades efectivas de quadros e na competência não se vejam na necessidade de assinarem fichas partidárias para manterem os empregos no fim dos contratos, que nas próximas eleições internas do PS não votem apenas pouco mais de metade dos seus militantes, que os cidadãos voltem a acreditar que é importante participar na vida dos partidos, que vale a pena votar

16 de fevereiro de 2008

Casa dos Açores de Lisboa- Lançamento da revista andarILHAgem

Para melhor verem as fotografias favor clicarem sobre elas, depois para voltar clicar na seta no canto superior esquerdo da página. No fundo estão os vídeos, para verem e ouvirem favor clicarem na seta no meio do quadrado.
Obrigada pela visita
A abrir este post deixo-vos o futuro em jeito de convite e o passado, próximo, em jeito de reportagem:
DIA 22 (de Fevereiro de 2008), pelas 21h e 30m– Música e Poesia : Amor Atlântico, por Teresa Machado e Amigos.A Drª Teresa Machado, poeta e cantadeira de fados e outras cantigas, apresenta textos/poemas de Vitorino Nemésio, Natália Correia, Álamo Oliveira, Eduíno de Jesus, David Mourão-Ferreira, Teresa Machado, entre outros, partilhando "o palco" com alguns amigos declamadores e cantores: César Salvado, Anabela Paixão, Carlos Silva e os músicos João Almeida (guitarra), Liviu Scripcaru (violino), Paulo Silveira (viola da terra).
Depois de aceitarem este convite passem os olhos pelo ambiente da Casa dos Açores de Lisboa, pelas madeiras, pela lindíssima escada, pelas paredes onde fotografias antigas e algumas modernas nos fazem fechar os olhos e suspirar de saudade, a lindíssima bandeira da Autonomia tão desejada. Espero que o que verão mais abaixo vos incentive a dar um saltinho à Rua dos Navegantes















































































































Foi realizado na passada Sexta-Feira, dia 15 de Fevereiro de 2008, na Casa dos Açores de Lisboa, um serão cultural de apresentação da revista andarILHAgem. A revista é edição da Presidência do Governo Regional/Direcção Regional das Comunidades. Nesta apresentação estiveram o seu Director: Alzira Silva, Directora Regional das Comunidades e o seu Coordenador o Ilustre Poeta Álamo Oliveira. Segundo o Editorial do primeiro número da responsabilidade do Presidente do Governo "a revista é uma aproximação de mundos, é um meio de comunicação, é um convite e é o pulsar da vida, onde quer que estejamos. Sejam, pois, bem vindos a esta nova casa e a esta grande família!'


Durante o Serão foi feita a entrega de uma estatueta que premiou o Antropólogo João Leal pelo seu excelente trabalho de pesquisa sobre os Impérios do Divino e a influência cultural Açoriana em Santa Catarina, atribuída pelo Núcleo de Estudos Açorianos da Universidade Federal de Santa Cataria.

Carlos Alberto Moniz cantou-nos canções das nossas raízes, Oh meu bem, Olhos pretos...canções sobre poemas de Vitorino, Álamo. Álamo Oliveira ler magistralmente, como é habitual, o poema de Luísa Ribeiro "Postal de Terra na Terra" transcrito no Nº 1 da revista.Após a parte séria do serão convivemos, conversámos nos salões do primeiro andar desta lindíssima casa em cujas paredes abundam fotografias antigas e recentes de algumas ilhas (chamada de atenção para não ter encontrado nenhuma de Santa Maria. Poderei ter procurado pouco e talvez as haja), pinturas (vi sim senhores uma de Branquinha de Santa Maria...) Deixo-vos algumas fotografias e vídeos
























6 de fevereiro de 2008

Santa Maria em documentário


Açores vão ser palco para documentário de Filipe Araújo
Realizado por Filipe Araújo, com fotografia de Carlos Isaac, “Horizonte” é um documentário que tem Santa Maria como pano de fundo.


A ilha de Santa Maria, nos Açores, é o palco do próximo documentário de Filipe Araújo, com fotografia de Carlos Isaac. O filme, que terá uma duração aproximada de 50 minutos, será produzido pela independente Blablabla Media (Portugal) em associação com o Festival Festa Redonda, inserindo-se num conjunto de nove documentários sobre o Arquipélago, com o alto patrocínio do Presidente da República.Em fase de pré-produção, "Horizonte" — que utilizará uma estrutura narrativa de observação com seguimento — pretende desconstruir, através de histórias cruzadas, a vida da ilha que durante duas décadas chegou a ser o centro do Atlântico, servindo de porta-aviões entre os Estados Unidos e a Europa. Um olhar alternativo assente na linha imaginária que separa os céus da terra e do mar, cujo processo poderá acompanhar no site www.blablablamedia.com/horizonte.
JornalDiario
2008-02-06 12:00:00

4 de fevereiro de 2008

"Tas-te consolando"


“Tas-te consolando”

Quando cheguei a Santa Maria já trazia alguma “rodagem” nos termos linguísticos Açorianos, mas sempre havia termos que me eram estranhos ao ouvido e ao olhar. Um dia encontrei no meio dos papéis velhos do meu marido uma brochurazinha que na capa tinha escrito em letras mais gordas “Estás-te consolando”. Ora para mim a frase era nova e de certo modo estranha. Não pelo gerúndio que a esse eu já me estava habituando. O certo é que eu estranhei a frase. De curiosidade aguçada fui passando os olhos pela capa e conclui que aquilo era “apenas” o programa de apresentação de uma Revista à Portuguesa e que o autor era um tal Lopes de Araújo. Fui de surpresa em surpresa conversando com o meu marido que me explicou que aquela era uma de algumas das peças criadas, musicadas e encenadas por Lopes de Araújo e levadas à cena no Atlântida Cine o Cinema do Aeroporto. Penso que me terá sido dito que muitos dos personagens retratados nas revistas eram os próprios que os representavam. Pelo que sei foram 5 as peças de Teatro musicado escritas pelo autor: Estás-te consolando; Ai, não me enganas; Isto agora é outra conversa; Tira a mão daí e Larga o osso.

De Lopes de Araújo fiquei apenas, nessa altura, a saber este “pequeno pormenor” das peças de Teatro Ligeiro, de revista, e que era Pai do entretanto Director da RTP Açores.

Há alguns anos, penso que uns quatro, reencontrei-me com o autor pela mão da minha muito querida Comadre e amiga Isabel Valente ao visitar o seu blog Mulher Mariense onde ela transcreveu um poema. Entretanto a Isabel criou um blog de raiz para onde transcreve poemas dos livros de Lopes de Araújo cujo único objectivo é difundir, dar a conhecer, a obra poética do autor.

Lopes de Araújo tem publicados os livros de poesia Noite de Alma em 1944; Cinzas quentes em 1952; Falas do Coração e 1970; Remos partidos em 1983; Outono da vida em 1985; Horas contadas em 1992; Labaredas em 1993 e Antologia poética. Em prosa são estas as obras publicadas: Imagens da vida - Teatro radiofónico; Quem diz a verdade (prosa) e Retratos (diálogos).

Do Blog Remos Partidos retirei esta pequena biografia:

"Nascido na freguesia de S. José, em Ponta Delgada, em 25 de Janeiro de 1919, desde muito novo revelou a sua natural inclinação para as letras. Durante largos anos, foi jornalista, tendo depois continuado a colaborar em toda a imprensa insular. Proferiu diversas palestras, sobretudo na ilha de Santa Maria, onde também exerceu o magistério, transitando depois para uma companhia de aviação estrangeira. Em Santa Maria, foi um dos pioneiros do Emissor do Clube Asas do Atlântico, onde criou todos os programas vivos que manteve, com regularidade, por muitos anos. Acérrimo defensor dos interesses daquela ilha, dirigiu por alguns anos o “ Suplemento Santa Maria “ que o Correio dos Açores, por iniciativa do seu então Chefe de Redacção Manuel Ferreira, escritor de reconhecido mérito, editava mensalmente. A obra do autor, José Maria Lopes de Araújo, mereceu sempre da crítica as melhores referências. O Poeta dedicou-se ainda, nos seus trabalhos jornalísticos, à crítica social, e ao teatro ligeiro, deixando o seu nome ligado, com notório relevo, a esta outra faceta da sua apreciada actividade literária. Na sua poesia, que revela sempre uma sensibilidade requintada, predominam uma tristeza e uma nostalgia que deixam transparecer frutos de um vida inquieta e angustiosa.“ Remos Partidos “ envolve-se num negro véu de ansiedade que nem ele próprio, Lopes de Araújo, o autor, consegue esconder."

A nostalgia, a presença constante da morte na sua poesia contrasta com a alegria, o colorido que deu à escrita das suas Peças musicadas


QUANDO EU PARTIR


Vergado pelo peso do destino,
Hei-de tombar, um dia, já cansado
De palmilhar um mundo mau, cretino,
Que assim me faz viver desalentado.

Não mais voltar a ver o triste olhar
Dos que vivem com fome de justiça,
Dos que passam, mirrados de chorar,
Na dor que o vento da amargura atiça.

Então, que ninguém chore! Que ninguém
Lamente esta descrença no Porvir …
Para quem sofre, a morte é sempre um Bem …
Bendigam pois a hora em que eu partir! …


Lopes de Araújo partiu fará 15 anos este ano. Partiu mas ficou a sua obra que temos o dever de divulgar. Foi para Santa Maria uma honra que ele tenha vivido cá. As fitas com as gravações das Revistas e Teatros Radiofónicos que o ASAS possui, espero que ainda possua, devem de ser passadas a suporte digital com urgência. Santa Maria tem obrigação histórica de preservar e divulgar este património cultural ímpar. Muito haverá, ainda, para ser dito sobre as revistas e restante obra de Lopes de Araújo, sobre o tempo em que cá viveu mas tanto não cabe numa pequena crónica semanal como esta.

Para quem esta minha crónica aguçou a vontade de conhecer a obra poética de Lopes de Araújo deixo o endereço do Blog http://www.remospartidos.blogspot.com/. Garanto-vos excelentes momentos de leitura.


Abraços marienses
Árvore, 4 de Fevereiro de 2008
Ana Loura