30 de agosto de 2007

Recado à Maré-2







Recado à Maré-2

Há vinte anos deixei o meu primeiro recado à Maré, recado de festa mas acima de tudo de esperança no futuro e agradecimento aos pioneiros que deram o passo que separa o sonho da sua realização, para a concretização que para muitos, no seu dizer, era megalómano, irrealizável, Não faltam nessas alturas os medrosos, os sépticos, os “velhos do Restelo” que vaticinam fracassos e gostariam de ver os sonhos, os projectos não passarem disso para depois se vangloriarem com “e eu não tinha razão? Nunca acreditei que a coisa tivesse pernas para andar” Mas desta vez não se ficaram a rir. A Maré vingou e cresceu e tornou-se mais e mais em Maré (viva) de Agosto.

Desde a primeira hora apoiei este projecto, colaborei na medida da minha capacidade e disponibilidade, quer profissional quer, acima de tudo familiar: colei programas no edifício do terminal do aeroporto, nos supermercados, cafés e bares, pertenci à mesa da Assembleia Geral durante anos e nos terceira edição do Festival fiz, com o Hélder Pimentel, a bilheteira num cubículo de madeira na rampa do pasto, recinto do Festival. Foi no seu rescaldo, na ressaca, com os ouvidos e o coração acalentados pelo som dos Quillaapayun, Manuel Ferreira, Rimanço, Susana Coelho, Gente da ilha, Toques, Extreme e a Brigada Vítor Jara, que, na Faneca, na solidão de um turno de trabalho o escrevi, fascinada pela realidade de um sonho escrevi o primeiro recado.

No Sábado dia 25 de Agosto de 2007 fui entrevistada para um programa que irá ser transmitido pelo ASAS sobre a 23ª edição da Maré e foi-me perguntado se considero que o “Espírito da Maré” que o Antoine de Laborde com o seu sotaque característico “institucionalizou” como “Spirrit da Marré”. Parei por eternos breves momentos: Ainda existe o tal espírito? E nesses momentos vi, mentalmente, flashes dos 23 anos passados, o trabalho de preparação dos festivais, de apoio durante os dias/noites da sua realização, era eminentemente voluntário, para além dos trabalhos executados por funcionários que a Câmara Municipal e os serviços ligados ao Governo Regional disponibilizavam; a exploração do bar era da responsabilidade da Direcção da Associação Cultural Maré de Agosto e assegurada por equipas de voluntários que cozinhavam e serviam desde as sandes até aos churrascos, às bifanas, às feijoadas ao delicioso “frango à pasto” que num ano o saudoso Luís Ribeiro cozinhou. Muitos dos artistas actuavam graciosamente, apenas lhes era paga a viagem, alguns nem isso exigiam, e arranjava-se alojamento em casa de uns e de outros que franqueavam as suas casas muito à moda de Santa Maria. É este viver mariense, estas vivências que fizeram o tal espírito. O pasto era limpo por bandos de miúdos filhos dos elementos da Direcção e de colaboradores, alguns deles são, agora, membros dos corpos gerentes.

Entretanto a Maré “evoluiu”, foi-se alterando. Por opção? Ou tinha mesmo que ser? Alguns serviços foram entregues a equipas pagas, começando pelos que asseguram o controlo das entradas, a segurança dentro do pasto, este já não é limpo pelos miúdos, o bar há já alguns anos é concessionado, embora o serviço continue, como este ano, a ser assegurado por voluntários ligados ao Clube Assas do Atlântico. Os artistas já não são os “da nossa praça”; quase já não se misturam no canto do chamado “ Bar da Maré” com o público e alguns já dão autógrafos a um número limitado de fãs. As Jame sessions que juntavam no palco ao final da noite os artistas que haviam actuado deixaram de ser feitas. No Bar dos Artistas já só vão os “eleitos”, os que criaram estatuto de VIP, ou os filhos de alguns directores; fotografar no fosso, para além dos profissionais credenciados, só membros da Direcção que por o serem têm direitos adquiridos e alguns fotógrafos ou aspirantes a isso pertencentes ao séquito de alguns dos artistas.
Pouca coisa ainda é como era, mas será que já morreu o tal espírito? Não! Não estou eu pelo vigésimo ano a vender bilhetes? A dar, mais uma vez o meu tempo? A não estar num lugar que me permita fotografar como gostaria se em vez de estar na bilheteira por amor a um projecto estivesse quietinha junto às grades? Não tenho eu à minha volta as amigas de sempre, a equipa que escolhi e da qual fui responsável durante 17 anos? As que estão actualmente e as outras que estiveram ao nosso lado e a vida fez por qualquer razão deixarem de poderem estar disponíveis para um trabalho de 8 a 9 horas sem qualquer retribuição a não ser uma T shirt, duas bifanas, duas bebidas e o poderem ir ao pasto por alguns minutos sentirem o pulsar do espectáculo? O “bar dos artistas” não é, também assegurado, por voluntárias da mesma forma que a bilheteira? Não vejo passar os jovens que vi crescer, quase nascer, nas vinte Marés passadas, vividas nesta praia de sonho neste paraíso que me está no sangue, na vida?

Mas…Mas, o quê, Ana? As pequeninas coisas não minarão o Espírito da Maré, ele irá suportar a evolução. Ou então a Maré deixará de ser Maré e passará a ser qualquer coisa realizada por um Filipe Lá Féria qualquer, um manager sentado à secretária de um gabinete em Lisboa ou noutro sítio qualquer do mundo.

Eu acredito que o “Spirrit” existe e a Maré irá ser Maré de Agosto, Maré de eterna Praia Mar.

Abraços marienses
Santa Maria, 27 de Agosto de 2007
Ana Loura

20 de agosto de 2007

Top-Less









Bom dia!

A nossa ilha é uma espécie de “microcosmos”, um mundo pequenino, que devemos preservar a todo o custo sem esquecer de o desenvolver, apenas qb, quanto baste para que vivamos com o conforto e o desenvolvimento à dimensão da nossa querida Ilha. Os regressos que faço fazem-me estar mais atenta, tentar ver se alguma coisa mudou. Sei que quatro meses não é muito tempo para que se notem grandes evoluções, mas ainda assim vi que a estrada de cima tem areão para regularizar o piso, que a do meio tem umas tentativas de remendos que enquanto durarem vão permitir que mesmo a velocidade reduzida o meu carro não fique, de novo, com a carroçaria empenada, que há uma loja nova de frutas e legumes onde são, preferencialmente, vendidos produtos da terra marienses, que quando quis ir à Ecoteca a porta estava trancada mesmo sendo horas de expediente.

Mas uma coisa que me espantou foi o estarmos no século XIX e que não é, apenas, Santa Maria e sim toda a região. Passo a contar: há dias na praia, na nossa belíssima praia este ano cheiinha de areia, chega uma senhora acompanhada por um jovem, penso que filho, começa a despir-se, tira a parte de cima do bikini, passa creme e é interpelada por uma das senhoras que cuida dos balneários. Eu estava junto à água e não ouvi o diálogo, mas pela pressa com que a senhora voltou a vestir a parte de cima do bikini presumi que teriam sido palavras de reprovação. Fiquei logo em pulgas para confirmar a minha presunção e vai daí, quando me dirigia às escadas para ir para casa, eu saio da praia quando as outras pessoas chegam pois tenho medo do Sol a partir das onze da manhã como o diabo tem da cruz, tomei a liberdade, tive a lata, de abordar a senhora: que sim senhor, que a funcionária da Câmara lhe teria dito que não é permitido fazer nudismo na praia. Dei uma valente gargalhada…nudismo, sim senhor. Top Less agora é nudismo. Mas a gargalhada deu lugar à indignação. Como é possível que não se possa estar na praia sem a parte de cima do bikini? É prática normal nas praias que conheço. Disse uma amiga da dita senhora, amiga essa mariense, que já teria assistido a uma cena idêntica mas com intervenção da Polícia Marítima e por falar nela olha ali um elemento da dita. E eu nem é tarde nem é cedo, vou tirar o assunto a limpo. Dirijo-me ao agente e atiro à queima-roupa: Não é permitido fazer top less nesta praia? Não, não é permitido fazer top less em praias concessionadas, respondeu o muito simpático jovem. Ora toma que é para aprenderes… E eu: mas nas praias do continente sim. Pois é, tem razão, acrescentou o moço, mas a regulamentação regional, que por acaso ainda é “do tempo do Mota Amaral” proíbe a sua prática. Pasmei, afinal o tempo nalgumas coisas parou e esta é uma delas…estamos na pré-história e queremos nós apostar no turismo. Será que as esposas dos nossos deputados e as nossas deputadas só apanham sol no peito quando vão ao estrangeiro e cá não se sentem à vontade para o fazerem? Caramba, acordem, senhores representantes do Povo na Assembleia Legislativa Regional, senhores Secretários, estamos no século XXI, há que modernizar os diplomas regionais de forma a permitir que esta e outras práticas saudáveis e inofensivas sejam possíveis. Fica aqui o alerta e o pedido que creio reflecte o sentir de muitas das mulheres quer marienses quer das que nos visitam. Quem sabe essa será, a par com a inauguração do Pavilhão Gimnodesportivo, uma das melhorias que irei notar no próximo Verão.






























Ah, e por falar de desporto, gostei de assistir à gala do Desporto Mariense, achei um pouco longa demais e tive pena que os primeiros homenageados se tenham ausentado mal o foram não tendo participado às homenagens que se seguiram. Outra coisa que não entendi e lamentei foram certas ausências, mas também só quem estará nos meandros do desporto em Santa Maria entenderá. Espero que não tenham sido fruto das politiquices que em nada adiantam à prática saudável de desporto por parte dos nossos jovens.

Foi uma emoção ter revisto o nosso Jorge Vicente e subscrevo com imensa alegria a sugestão de que seja dado o seu nome a um pavilhão ou mesmo a todo o complexo polidesportivo.


Abraços marienses
Santa Maria, 20 de Agosto de 2008
Ana Loura

14 de agosto de 2007

Gala do desporto mariense -memórias







Fotografias da autoria de Ana Loura. Proibida a sua reprodução sem autorização da autora


Bom dia!
Por vezes basta uma palavra para que a nossa memória revisite o passado de forma tão clara que, momentaneamente, passamos a reviver os acontecimentos como se eles estivessem a acontecer nesse exacto momento. Os pormenores, de certa forma irrelevantes, ficam nas brumas do esquecimento.
Há dias ao conversar com o Zeca Valente sobre a gala do Desporto Mariense e ele me referiu um dos homenageados o tempo não só parou como dei comigo franzina, tímida nos meus quinze anos, no Ano da Graça de 1968; cenário: Povoa de Varzim; circunstância: Campeonato Mundial de Hóquei em Patins que estava a decorrer naquele final de Primavera já quase Verão na Cidade do Porto (e aqui divago na incerteza, mas era época de exames, portanto estaríamos em finais de Junho).




Naquela época o Desporto era, ainda, isso mesmo, desporto, não a indústria em que se tornou, em que os ídolos são de produção “laboratorial” e refulgem no firmamento de forma meteórica e o que hoje é bom em termos de prestação amanhã os pés de barro foram dissolvidos na água turva que os fazedores das coisas fáceis, efémeras, manipulam nas químicas do light, do pronto a usar e deitar fora.




Naquela época não era preciso que seleccionador nacional algum nos induzisse a aderirmos de forma empolgada ao apoio aos rapazes de carne e osso como nós que davam o seu melhor, sem anabolizantes e drogas quejandas para derrotarem equipas tradicionalmente melhores que nós. Nas salas dos exames Nacionais do quinto e sétimo anos, à socapa, tocavam pequenos transístores que transmitiam em surdina o jogo do dia em que participava a nossa selecção, e os nomes de Júlio Rendeiro, António Livramento, António Ramalhete, o Fernando Adrião e de um miúdo de estatura abaixo da média da selecção. Esse miúdo era o meu encanto, eu ficava de olhos no receptor da televisão a ver o Livramento jogar, mas quando Jorge Vicente entrava no ringue os meus olhos brilhavam. Já entenderam, a palavra, ou as palavras que o Zeca mencionou foram exactamente Jorge Vicente. O campeonato mundial de 68 decorreu na cidade do Porto, mas o país inteiro acompanhou, apoiou e vibrou. Como já disse, nas salas dos exames os professores enquanto nos vigiavam, não fosse a malta entrar numa de copianço, iam ouvindo o relato e nós víamos nas suas caras os sorrisos dos golos marcados e a apreensão dos golos sofridos e no final do exame, cá fora, nós os alunos queríamos saber com a ansiedade o resultado.

Acontece que a equipa passava as horas das suas tardes de folga na esplanada de um dos bares da Avenida dos Banhos na Póvoa. Creio até que estariam alojados num hotel da Póvoa ou Ofir. Nós, a malta jovem que frequentávamos quer o Liceu, que a Escola Comercial e Industrial, ao sabermos que eles andavam por ali acorríamos em bandos para os vermos, para pedirmos autógrafos e eles simpáticos, humanos como nós, nada de operações plásticas, cabelos pintados, conversavam, perguntavam e autografavam. Perdi o rasto de uma capa de argolas onde estavam os autógrafos da equipa completa, treinador e técnicos…glorioso ano de 1968 em que uma mão cheia de jovens portugueses nos fez viver dias de gloriosa alegria ao terem vencido o Campeonato Mundial de Hóquei em Patins.




Nessa equipa jogava o Açoriano Jorge Eduardo Braga Vicente que iniciou a sua carreira desportiva na equipa de futebol da Académica de Santa Maria e posteriormente, com a extinção da Académica, no Clube Asas do Atlântico, tendo sido treinado, nessa fase, pelo Senhor Valente. Posteriormente passou a pertencer à equipa de Hóquei e por ser um jovem promissor nessa modalidade, aos 15 anos, foi encaminhado pelo Senhor Mário Sarmento para q equipa do Atlético de Lisboa e posteriormente foi contratado pelo Sport Lisboa e Benfica. Foi Campeão Mundial em 1968 e 1972.




Disse Jorge Vicente numa entrevista: “O Hóquei foi tudo para mim na vida. Vivia-o intensamente e fazia parte de mim próprio”




Quando vim para Santa Maria fiquei surpreendidamente feliz por saber que Jorge Vicente é Açoriano e cresceu nas ruas do nosso Aeroporto.
No próximo dia 17 de Agosto irá realizar-se mais uma Gala do Desporto Mariense e nela a Câmara Municipal de Vila do Porto irá homenagear, Jorge Vicente para além de outros atletas do seu tempo, entre os quais José Moniz (o Santa Maria), Victor Silveira, José Avelino, Botelho e Manuel Sousa e alguns dos jovens atletas da actualidade. Homenagem mais que justa. Sintamo-nos orgulhosos daqueles que pelo seu trabalho, seu sucesso são conhecidos mundo fora. Pena que nem sempre se saiba que nasceram ou simplesmente cresceram na nossa terra.
Abraços marienses
Santa Maria, 13 de Agosto de 2007
Ana Loura

7 de agosto de 2007

Parece que finalmente aterrei- primeiro episódio


Pois meu querido "semanário" (já que as minhas crónicas são semanais e é aqui que as deposito) esta semana não houve crónica. Fiquei triste por não a ter escrito e por várias razões, a principal porque gosto e muito de escrivinhar, de pensar enquanto os meus dedos carregam nas teclas, às vezes não que seja fácil encontrar o fio à meada e quase fique estática largos minutos ao olhar o ecrâ acinzentado, vazio de qualquer ideia; a segunda razão foi um almoço/convívio de família que, gostosamente, acabou num petiscar a horas tardias e eu estava cansada, muito. Mas a razão principal para o cansaço e a não escrita foi que, parace, finalmente, aterrei no continente: FUI ASSALTADA. Aliás quem foi arrombado e assaltado foi o meu querido carrinho, comprado e mantido com o suor do meu rosto. Sei que eu poderia ter evitado o assalto, pois a casa onde moro tem garagem, mas facilitei; é uma chatice numa rua com algum trânsito, principalmente nas horas a que saio para o trabalho e aquelas em que regresso a casa, meter o carro na rampa da casa da vizinha da frente, sair do carro, atravessar a rua, abrir a porta da garagem que é daquelas de correr, voltar a atravessar a rua, sentar no carro, ir recuando sujeita a vir um apressadinho largado que se espete em cima do meu carrinho, ir fazendo vénias de agradecimento a quem tem a paciência de me deixar fazer a manobra, entrar com o carro na garagem, que me parece sempre estreita, sem esfolar a pintura nem bater num guarda fato cheio de caruncho que ainda não foi para lixo pois tenho esperança que o produto com que o besuntei resulte e os bichos deixem a madeira que resta em paz, saio do carro, corro a porta BBBRRRRRUUUMMMMMMMMMMMMMMMMMM, fecho-a e entro em casa. Ah, entretanto agradeci com um sorriso de orelha a orelha aos que se viram obrigados, pois estando eu a meio da estrada não têm outro remédio, mesmo a contragosto de serem pacientes e me deixarem ir à frente, olhar o rectrovisor, recuar, avançar até o carro entar apontado na direção desejada.

Na manhã seguinte, operação inversa...Só de as descrever...ufa...estou exausta.

O sítio onde deixava o carro inspirava-me confiança, é o parque de uma estação do Metro, iluminada, ampla e a rua tem trânsito quase toda a noite. Pelo que, confiei, "joguei" e perdi. Na noite de Segunda para Terça alguém me fez a esmola de me arrombar a porta do lado do pendura entortando-a, meteu a mãozinha pela frincha que criou, abriu a porta (o carro sem alarme, o meliante à vontadinha...) tirou o painel frontar do rádio, tentou arrancar o miolo partindo algumas partes e em não conseguindo levar o radiozinho limitou-se a tomar-se de amores por uns CDs que me eram muito queridos. Acho que mais ninguém os irá ouvir nunca pois não fazem parte do que normalmente é ouvido nas rádio, alguns de grande valor estimativo, mas está bem, antes os CDs que uma perna partida.


Ora chego eu, toda lampeira, próximo do carro, carrego no botão respectivo da chave e não ouço o Clac da ordem - Querem lá ver que lá deixei eu outra vez a porcaria das portas abertas? sempre a mil, cabeça nas horas e o carro à disposição de quem quer... tens sorte, ninguém te levou o bichinho. Atiro o portátil para o banco de trás (o pobrinho já lá tinha ficado uma vez durante uma noite, não aprendo mesmo que isto aqui não é Santa Maria embora já me tivessem roubado há mais de quinze anos um Pioneer, comprado dois dias antes, do carro q estava à porta de casa no Bairro dos Americanos, o gajo ainda se deve de estar a rir a bom rir, que lhe caiam o resto dos dentes pois praga com razão nem a um cão). Ora bom, está o portátil no banco de trás e eu lenvanto estes olhinhos que a terra há-de comer e dou com eles, salvo seja, na porta da frente do lado oposto com a parte da janela toda saída...Tou feita, calma, Ana Maria, eu cá sou Ana Maria, Ana Loura é lá, respira fundo. Pelo menos o carro está aqui, não mexas em nada...olha as impressões digitais...


Fim da primeira parte