18 de novembro de 2005

A montanha pariu um ninheiro
















Crónica lida aos microfones do Club Asas do Atlântico no dia 14 de Novembro de 2005

1ª parte

Bom dia

A montanha não pariu, ao contrário do costume, um rato mas um imenso ninheiro deles.
César, apesar dos pressupostos laços políticos que ligam os Governos Regional e o da República, não tem facilidade de diálogo com Sócrates. Isso foi evidente no provável equívoco gerado à volta da questão dos dinheiros a que temos direito e a República teima em esquecer de nos dar e o que é mais grave teima em tardar reconhecer que tem por obrigação dá-lo, isto é, que o deve.

Mas triste, triste foi a cena gaga feita pelo PS Açores que, na pessoa do seu presidente, afirma que os deputados eleitos pelos Açorianos e que têm assento na Assembleia da República votarão contra o orçamento Geral do Estado num acto de protesto à não assunção por parte da República da dívida que, de facto, existe. Só faltou ressuscitarem Brianda Pereira, a FLA e gritarem às armas, independência já! Depois afinal já havia entendimento e o dinheiro vinha já quase a caminho e votamos sim ao bendito do orçamento, mas afinal é boato, não da reacção mas da situação, não houve entendimento mas sim reuniões para o estudo do assunto e fica o povo a não entender em que fica o assunto e a ver os nossos deputados a votarem sim ao documento que regerá a nossa débil economia nos próximos anos. Mas afinal, Sócrates sabe que há dívida, aceita a sua existência? Em que ficamos? Onde está Brianda Bereira? Ou será que andam todos a ver só moinhos de vento onde há, de facto, o monstro da prepotência centralista de Sócrates? É, no mínimo, estranho este estar de costas voltadas de Sócrates/César. A ver vamos…Mas o certo é que mais valia que tivessem estado calados pois a credibilidade ganha-se com actos e perde-se muitas vezes, com uma frase dita e espalhada aos 4 ventos e cujo conteúdo é contradito pelas atitudes. Parece birra de crianças.

1 comentário:

Anónimo disse...

Se viu o congresso do PS na RTP Açores conviria talvez reescrever esta crónica.
Só faltou vermos SÓcrates e César aos beijos e os açoreanos que lá estavam devem ter saído com as mãozinhas inchadas de tanto aplaudir o Primeiro Ministro.
Como se não bastasse todo este processo, ouvimos antes de ontem o caso de influências para substituição do ministro da república. Que saudades eu tenho de Salazar - é que com ele sabíamos com o que contavamos e agora tudo é imprevisto.
Continuamos, no entanto, sem saber se o nosso dinheirinho vem ou não, e entretanto lá vamos descontando quantias chorudas para os senhores deputados andarem a aplaudir quem anda a c.... para os Açores.