5 de dezembro de 2005

LIBERDADE DE EXPRESSÃO


LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Crónica lida aos microfones da Estação Emissora do Clube Asas do Atlântico no dia 05 de Dezembro de 2005








Bom dia!

Raramente fico indiferente à vida que existe à minha volta. Gosto de observar. Por vezes sou surpreendida pelos acontecimentos que “decidem”, contráriamente ao que espero, surgir com variantes que me deixam preplexa; outras vezes acontecem tal e qual, de acordo com a minha matemática, a minha lógica. Em todos os casos gosto de analisar, ter opinião e exprimi-la, se for o caso.

Detesto o amorfismo daqueles para quem tanto se lhes dá, tanto se lhes deu, que chova ou faça sol, que o Presidente da Câmara seja A ou B, que o deputado vá para a Assembleia dormir a sesta ou intervir na discussão dos temas importantes para a comunidade que o elegeu. Fico espantada e muito decepcionada quando nos resultados eleitorais a abstenção atinge números vergonhosos que atestam que a grande maioria do Povo é amorfa, não tem opinião, se está borrifando, marimbando (desculpem o calão) para que o futuro seja amarelo, vermelho ou verde esperança.

Faço os possíveis por estar atenta, por analisar e, sobretudo, ter opinião.

Exprimir opiniões é sempre difícil, mesmo quando alguém nos pede que lha demos, pois poderemos correr o risco de essa nossa opinião ser contrária à dele ou, mesmo, ferir pessoas que prezamos.

Dizia António Aleixo: “Contigo em contradição pode estar um grande amigo. Desconfia dos que estão sempre de acordo contigo.

A verdade acima de tudo, com frontalidade mas sem ser ofensiva.

Já perdi um pouco a noção de há quanto tempo exponho públicamente as minhas opiniões aqui aos microfones do ASAS, mas creio que já o faço há cerca de dois anos. Já antes disso tomava posição pública e sempre o fiz assumindo, assinando com o meu nome ou com o meu pseudónimo que toda a gente conhece e sabe ser meu. Sei por experiência própria que dizer o que pensamos, assinando-o por baixo, e vivermos com o virar da cara dos que se sentem melindrados com o que dizemos não é fácil, mas é um dos preços da frontalidade, do assumirmos das nossas posições, do adormecermos de consciência tranquila. É uma questão de opção.

A liberdade de expressão é uma conquista de Abril, para mim tão importante como qualqdas outras que com ela fazem a Democracia. Exprimir as nossas ideias e opções no que dizemos, fazemos e no voto, é fundamental. Eu assumo esta minha condição de ser livre, consciente e responsável. Há quem não o faça e diga o que pensa a coberto do anonimato. Estará no direito de assim proceder? Talvez...Santa Maria é um meio pequeno, sei disso muito bem. Mas...eu assino o que digo e escrevo. É esta a minha opção!

Abraços marienses
Azurara, 05 de Dezembro de 2005
Ana Loura- Lua dos Açores

http:///www.noticiasdaamadora.com.pt/censura16/index.php
http://www.apdsi.pt/Actividades_2005/Actividades_de_2004/Activities_for_2004/Liberdade_de_Expressao/liberdade_de_expressao.html


LA, estive a mexer no blog, este post tinha a data de edição diferente da data da crónica lida no ASAS, pensei que a tinha corrigido e afinal parece que ficou com a data de ontem. Portanto não houve intensionalidade.

Sabes que não me preocupa nada não saber quem és? Porque os teus comentários são honestos e não agridem quem que que sejas. Criticas dizes que gostas dizes que não gostas de forma polida. Confesso que de vez enquando me questiono quem sejas mas sem stress. Sejas tu quem fores serás sempre bem vindo/a mesmo para exprimres discordância do que opino.

Beijinhos
Ana

4 comentários:

ES disse...

por seres assim é que nós gostamos de ti... continua a ser a nossa lua na terra :))

Anónimo disse...

Olá!
Já há alguns dias que por aqui não passava, mas o tempo não tem sido muito! Entretanto, resolvi reservar algum tempo do início das minhas férias para pôr as leituras e os comentários em dia.
O seu blog continua muito interessante. Acho que faz muito bem expor as suas opiniões.
Bom fim-de-semana!
Beijinhos.

Anónimo disse...

Frontalidade ou protagonismo?
Ficou-me na ideia a saga das touradas. O espírito que nelas é mais monstruoso, o da violência e histeria colectiva, que relembram as arenas de Roma, está também, embora de forma menos sangrenta, presente, nas touradas à corda. No entanto, tantas já houve nesta terra, em que as bezerras viajaram encurraladas em contentores, sem condições, e não me lembro de lhe ter ouvido nenhum protesto público. Evidentemente que não era dia de autonomia, nem a televisão andava por aqui.
Quanto ao canil da Câmara Municipal existe e funciona. Evidentemente que ao final de determinado tempo os animais não reclamados pelos donos são abatidos, pelo que me leva a concluir que a solução do seu caso não passa pelo funcionamento do dito, mas sim por se sentar a reflectir e aprender a ter personalidade e não andar ao sabor do vento, ou das línguas ( boas e más.
Não acha infantil assumir que vai retirar os comentários, depois inserir um, de uma amiga , só porque é em seu benefício? Agora voltou a reabrir os comentários?
Isto é o que eu chamo falta de personalidade.
O que pretende? Ser a pobre da Ana? A vitima? Não se dê ao trabalho porque já o é , e da forma que disse António Aleixo.
Aprenda a distinguir trigo e joio.
Que é uma pessoa frontal, é. Que tem os seus motivos também acredito.
Que os anónimos, no caso, são pessoas sinceras, também terá que o reconhecer e que se manterão anónimos. Além do mais até é moda - no Baluarte muitos artigos locais já vem assinados apenas com iniciais.
E sobretudo terá que aprender que existem opiniões divergentes da sua.

Anónimo disse...

Bem fiquei com alguma dúvida por quê agora retransmitres e e reeditares esta tua crónica ?? lá terás os teus motivos . A Liberdade de escrever e dizer está em nós desde que saibamos quais os nossos limites e esses não interfiram com a liberdade dos outros.O 25 de Abril apenas veio ajudar a quem falando sempre verdade de certo modo estava impedido de o fazer quer na escrita quer na palavra. Li alguns livros do Manuel Tiago e nunca me preocupei saber quem era verdadeiramente, Ora este sempre foi um lutador e sem medo de expressão no entanto houve um período que preferiu ser outra pessoa , Deixou por isso de ser quem era?? Há momentos da vida que não por medo mas por assim se entender mais vale o anónimato ou pseudónimo . Cara Ana, seja lá por que motivo for a razão da tua crónica agora reeditada apenas quero dizer que Liberdade é aquilo que sabemos e queremos fazer sem sem que ninguém (nem a nossa própria vaidade, coisa que sei quev não tens) nos obrgue a fazer . Eu sabendo que sou livre pouco me importa que saibam quem eu sou. Quando se é livre não há necessidade de o afirmar para que os outros acreditem , basta aquilo que se escreve demonstar a nossa liberdade. Há pessoas que assinam e no entanto não são muito verdadeiras, tu sabes isso melhor que eu, sabem é abilmente argumentar o seu parecer de modo a que pareça o mais identico e é desses que tenho receio preferia antes não saber quem são!!!
Um bem haja para ti

Abraços Marienses
L.A.