2 de janeiro de 2006

ESPERANÇA


Esperança de que o nosso mundo continue a rodar


A todos deixo os meus votos de um excelente 2006

Quando eu digo a alguém que faço votos de que alguma coisa aconteça, eu tenho de o dizer com a certeza de que é possível a coisa acontecer, que faz sentido ter esperança de que aconteça. É diferente dizer eu desejo. Desejar, eu posso desejar o impossível, mas ter esperança é acreditar que é possível e eu acredito que é possível que amanhã o mundo seja muito melhor, que a Paz é possível e que depende de cada um e de todos nós.

Apesar do aumento dos preços, apesar dos miseráveis 2 por cento de aumento dos ordenados da Função Pública anunciados pelo Governo, tenho esperança de que o futuro pode ser melhor e em 2006 eu poderei ser muito mais feliz.
DE Carlos Drumond de Andrade, Poeta brasileiro
Receita de ano novo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
DE Mário Quintana, poeta, também, brasileiro
ESPERANÇA
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas.
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Dizia Tagore, Escritor indiano, nascido em Calcutá em 1861 e morreu em Bengala em 1941.
“Cada criança, ao nascer, traz-nos a mensagem de que Deus ainda não perdeu a esperança nos homens.”

Ora se Deus, que é perfeito, não perdeu a esperança nos homens, quem seremos nós para a perdermos.

Faço votos e espero que 2006 seja um ano melhor para todos nós

Abraços marienses
Ana Loura
Santa Maria, 02 de Janeiro de 2006

2 comentários:

Paulo disse...

Não podia deixar de vir aqui, não só agradecer as suas palavras que pela minha praia foi deixando aqui e ali como também, dizer que gostei de visitar este seu espaço, onde as areias brancas contrastam com as negras daqui. Vou voltar outro dia com mais calma. Votos de um excelente 2006 daqui..."do parque de diversões"...como já foi apelidado.

Desambientado disse...

Que o nosso mundo continue a rodar com a precisão que Deus lhe deu.

Votos de excelente 2006